Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

10.000 Palavras.

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro.

Foram oficialmente 4 meses sem postar.

Eu devo a vocês um post de pelo menos 10.000 palavras.

E juro, que pago! (a prestações)

A 4 meses atrás deveria haver uma grande comemoração nesse Nosso Castelo de Cartas...

Foram 10.000 visitas!

Foram 2 anos e meio de escritos!

E esse escritor meia boca aqui nem pra ter a consideração de fazer um post de comemoração.

Tsc, tsc.

Eu só queria lembrar a todos o porquê do nome Nosso Castelo de Cartas.

Porque isso aqui nunca foi meu.

No dia em que resolvi escrever esse blog, pensei, pensei num nome, me veio a cabeça "Meu castelo de cartas" mas logo pensei: mas não é só meu.

É Nosso.

Cada palavra que escrevo traz um pedaçinho de alguém que passou por mim.

Esteja do meu lado hoje ou não. Saibam que todos vocês que passaram pela minha vida levaram um pouco de mim e deixaram um tanto de vocês.

E o quê eu queria escrever aqui é o meu mutíssimo obrigado a cada um dos 10.000 cliques no blog.

Queria agradeçer a todos por essa Nossa vitória.

E que venham mais 2 anos e meio.

E que venham mais 10.000 posts. Mais textos.

Que venham mais dois anos de Entei no Dan.

Que venham mais 6 (ou 60) meses de 8.

E prometo voltar a escrever! O próximo texto já tem até título!

E também tem a "Postagem Clássica de 4 de Janeiro"!

Então aos que gostem: fiquem! Aos que foram: voltem! Aos que desistiram: insitam!

Vem aí... Nosso Castelo de Cartas... Versão 2012! Como você nunca viu!

(é propaganda enganosa, não tem nada de novo não.)

Só o velho 8.

Talvez meio 8.2

Ou 7.9

Mas é assim mesmo.

"Eu sei que tudo muda. Tudo muda em segundos"

Ou como diria um velho sábio:

"Tem gente que tem medo de mudar. Eu temo permanecer sempre o mesmo."

Só espero que vocês ainda gostem.

Afinal enquanto eu escrever, tomar coca-cola , comer pizza.

Sorrir de orelha a orelha.

Ler, jogar videogame.

Vestir azul e ser criança.

É porque ainda sou eu.

Grande abraço a todos.

Do novo velho.

Oito.

---

Resoluções de ano novo:

1 - Comprar uma agenda.
2 - Aprender o caminho do cinema para a FNAC dentro do Park Shopping.
3 - Escrever um livro.
4- Fazer pelo menos mais uma resolução de ano novo idiota, só pra ter a falsa impressão de que conquistei vários objetivos e poder dizer que cumpri todas as resoluções de ano novo =D

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O garoto ancião.

17 anos, cabelos pretos longos e olhos castanhos. Jovem empolgado, aventureiro, queria mudar o mundo, tinha vontade de fazer tudo. Nenhuma montanha era alta demais que ele não arriscasse escalar, nenhuma queda era grande demais que ele não conseguisse se levantar. Curioso.

Gabriel era muito curioso.

Gostava de música, gostava de jogos, gostava de filmes, gostava de esportes, gostava de aventuras, gostava de ler.

Um dia Gabriel encontrou um livro numa caixa velha em sua casa, naquele cômodo que tem em todas as casas, aquele lugar onde tem um monte de coisa encaixotada que ninguém usa, mas também não joga fora.

Na primeira página do livro, dizia: "Este livro é mágico".

E de uma certa forma, todos são.

E na segunda página dizia: "Primeiro capítulo: Hoje".

O protagonista do livro era um jovem de 17 anos, cabelos pretos longos e olhos castanhos. Jovem empolgado, aventureiro, queria mudar o mundo, tinha vontade de fazer tudo. Nenhuma montanha era alta demais que ele não arriscasse escalar, nenhuma queda era grande demais que ele não conseguisse se levantar. Curioso.

O livro era uma biografia absurdamente envolvente, Gabriel sem parar leu toda a vida do protagonista que foi contada desde os seus 17 anos até os seus 50 anos. A última linha dizia.

"Na famosa crise de meia idade, eis que ele fechou o livro pois tinha a grande impressão que já não havia mais nada pra escrever."

Gabriel fechou o livro, achou o final idiota e foi dormir.

Entretanto ele nunca mais acordou.

Porque quem acordou naquela manhã foi um cara de 50 anos.

Gabriel tinha envelhecido 33 anos em uma noite, ele correu pro espelho e viu o quanto tinha mudado.

17 anos, cabelos pretos longos e olhos castanhos. Nada de diferente.

Mentira.

Tudo era diferente.

Gabriel meio que levantou cambaleando e foi tomar café, sua mãe lhe deu bom dia como se nada tivesse acontecido. Mas ele nem deu bom dia pra ela, porque ele se sentia como se já tivesse dado um milhão de bom dias e mais um não faria diferença, era a coisa mais estranha que já havia sentido, mas era tipo estar enjoado de dar bom dia.

Mas ele gostava de dar bom dia.

O café da manhã tinha leite com chocolate e pão com queijo. Ele adorava aquele café da manhã.
Mas hoje ele havia acordado como se já tivesse comido aquele café da manhã um milhão de vezes, mal tocou na comida, estava enjoado de pão com queijo.

E ao longo do dia ele percebeu que tudo estava igual. Tudo era repetido, era um filme já visto, e ele tinha certeza absoluta que já tinha feito tudo que havia pra fazer.

Nesses 33 anos ele viu todos os filmes que queria ver, leu todos os livros que queria ler, escutou todas as músicas que queria, conheceu todas as pessoas que queria, beijou todas as garotas que queria. E mesmo que ele visse outros filmes, escutasse outras músicas ou conhecesse outras pessoas nada parecia se comparar com os últimos 33 anos os quais ele já havia vivido.

Era tudo sem graça.

"Era como se não houvesse mais nada pra escrever". Ele pensou.

E lembrou-se do livro, correu em casa e o pegou.

Na primeira página dizia: "Este livro é mágico".

Não pode ser. Ele pensou.

Na segunda página haviam as seguintes palavras:

"Hoje acordei meio estranho, meio enjoado. Mas nem prestei atenção nisso, por que um grande amigo que eu não via a muito tempo me ligou, dizendo que estava na cidade."

Tu ru ru ru, tu ru ru ru, tu ru ru ru ruuuu.

Era o celular de Gabriel.

- Alô ?

- Alô. Quem é?

- Sou eu cara! Quanto tempo! Não lembra mais de mim?

... (silêncio)

- Estou de passagem por aqui! Vamos nos encontra hoje, pode ser?

- Claro.

- Certo! Passo na sua casa mais tarde então!

- Ok.

... (silêncio)

Eu não sei se o livro era mágico mesmo.

Mas Gabriel sabia. Gabriel tinha certeza de que o livro era mágico, de que ele tinha vivido 33 anos e agora era um velho de 50 que não via mais graça na vida preso no corpo de um moleque de 17 anos.

Gabriel morava numa metrópole. Ele pegou um elevador num dos prédios mais altos da cidade.
Num lugar onde se podia acessar a cobertura do edifício (não era exatamente permitido, mas ele dava um jeitinho) ele adorava ver o pôr-do-sol naquele lugar.

Gabriel deitou na cobertura do prédio e passou horas pensando na vida, no universo e tudo mais, E qual era o sentido daquilo tudo.

"Era como se não houvesse mais nada pra escrever"

Realmente não havia mais nada? Tudo era tão absurdamente sem graça assim?

Ele só conseguia pensar que era.

Só faltava um fim pra essa história.

Começou a chover.

Ele pegou o livro e foi pra beira do prédio, olhou lá pra baixo por uns minutos.
Carros, confusas cabeças, a correria das capitais.

Olhou pro livro, olhou pra baixo, pro livro, pra baixo.

Chuva forte.

Já era hora do fim.

Abriu o livro...

17 anos, cabelos pretos longos e olhos castanhos. Jovem empolgado, aventureiro, queria mudar o mundo, tinha vontade de fazer tudo. Nenhuma montanha era alta demais que ele não arriscasse escalar, nenhuma queda era grande demais que ele não conseguisse se levantar. Curioso.

VUSH

É o som que faz o vento quando se caí de bem alto.

SPLAFT

É o som que se faz quando se atinge o chão molhado. Tipo SPLASH + PAFT

Quase caiu na cabeça de uma pessoa. Essa pessoa aleatória que não tinha nada a ver com a história tomou um puta susto.

Ele pulou.

Pro outro lado, de volta pro meio do edifício.

Agora, de costas pra beira do prédio ele notou que começava o pôr-do-sol.

E assim que começou a admirá-lo ele sentiu-se como se já houvesse visto o pôr-do-sol um milhão de vezes.

Mas não dá pra enjoar do pôr-do-sol.

Deu um sorriso.

Ninguém quis pegar o livro que caiu lá embaixo, caiu na chuva mesmo. Molhou, estragou.

Ainda bem, acho que era um livro perigoso.




sábado, 13 de agosto de 2011

Sobre inversão de valores.

Já perceberam que vivemos em uma sociedade onde os valores estão invertidos de uma forma a qual chegamos ao ponto de disputar quem é mais desagradável?

Ou vocês nunca passaram por uma situação onde amigos, disputavam entre si quem “dava melhores cortadas” um no outro ou onde brigavam pelo título de “o cara da turma que mais zoa com os outros” que é geralmente o mais valorizado.

Pois é, hoje dar o lugar para os outros virou estupidez, ou você nunca se pegou com medo, receio ou envergonhado do que os outros iam pensar quando você resolveu fazer uma boa ação?

Quem faz trabalho voluntário “Putz que burro, o quê você ganha com isso?” E até mesmo com amigos ou em relações amorosas te perguntam “O que você ganha com isso?”

Hoje em dia dar algo sem receber nada em troca é burrice. E dar algo sem esperar nada em troca é utópico.

E de repente virou tudo sobre ganhar, sobre levar vantagem. Sobre atropelar seres humanos iguais a você se você pode ganhar algo em cima disso.

Porque o cara “bom” “massa” “muito doido” é aquele que pega um monte de mulheres e não aquele que resolve estar com uma só.

Porque as pessoas vistas em primeiro lugar na sociedade são vistas pelo que têm e não pelo que são. E não importa o que você tenha sacrificado, e sobre quais valores você tenha passado por cima pra conseguir esse dinheiro.

Vivemos numa sociedade onde não se pode mais nem confiar na palavra das pessoas.

Desde pequeno eu sempre fui do contra, se todos jogavam futebol eu jogava videogame. Se todos insistiam no que tocam por aí e chamam de música, eu não largava a mão de escutar piano. Quando eu era pequeno, eu escrevia poemas num caderninho e guardava pra ninguém nunca ver porque era coisa de menina.

Pois eu escrevo mesmo! Escrevo rídiculas cartas de amor.

E sou do contra mesmo! E vou continuar sendo!

Porque se ser certo nessa sociedade e levar vantagem em cima dos outros, é disputar quem xinga mais, é vender qualquer coisa por dinheiro, é fazer tudo pra si mesmo.

Eu vou ser errado, e com orgulho.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Escreva agora ou cale-se para sempre.

Tem várias coisas sobre as quais eu queria falar, mas estou sem tempo e até mesmo sem imaginação pra conseguir escrever um bom texto sobre cada uma delas.
Mas eu não queria deixar de escrevê-las, já estou cansado de jogar uma frase e outra nas anotações e elas ficarem perdidas lá por semanas, então vou falar sobre tudo que eu queria falar.
Mesmo que seja só um parágrafo de cada coisa, mas vou.
É isso. Escreva agora ou cale-se para sempre.

Sobre acidentes de carro e viver cada dia como se fosse o último.

Eu acredito em acidentes de carro. Em doenças terminais que surgem do nada, e coisas do tipo.
Eu basicamente acredito de verdade, que hoje pode ser o último dia de sua vida.
Que você pode simplesmente sair pra comprar pão como todo dia tedioso de sempre, ser atropelado e morreu.
É morreu. E agora ?
O que foi que você fez? O que foi que você fez hoje?

Sobre não fazer planos ser um bom plano.

Eu descobri isso ultimamente, não fazer planos pode ser um bom plano.
Planos bons são aqueles que duram 2h, você taí parado sem fazer nada e de repente planeja: nas próximas duas horas eu vou fazer isso. Aí vai lá e faz.
Vai lá e faz.
Esperar é foda.
A última coisa que eu planejei 2h antes deu tão certo que ainda mal consigo acreditar.
Esperar é foda. Quando digo que sou paciente estou sendo irônico.

Sobre sonhos impossíveis que se realizam.

Eu nunca fui um cara de sonhos, sempre penso "objetivos" prender-se a esperança de uma idéia irreal e inalcansável sempre me pareceu estúpido. Mas acho que uma das grandes diferenças entre sonhos e objetivos é exatamente a escolha. Objetivos se escolhem, sonhos não.
Eu só lembro de ter tido realmente um grande sonho na vida, nunca foi um objetivo, era simplesmente um sonho inalcansável e irreal. E eu não lembro de tê-lo escolhido, de tê-lo definido, de dizer: eu preciso, eu tenho que fazer isso. Eu simplesmente sonhava.
Eu sonhava em ver um show do X Japan.
Eu sonhava isso em 2004 +- Por um acaso a banda tinha acabado em 1997. Por um acaso era uma banda japonesa que não tocava fora do seu país, por um acaso eu morava numa cidadezinha no interior do nordeste onde o públido dos shows do X Japan era basicamente o mesmo número de habitantes da cidade. Obviamente, as condições básicas necessárias para que eu visse um show do X Japan seria 1 - A banda se reagrupar. 2 - Ir pro Japão. Era só um sonho irreal e inalcansável.
Bom estamos em 2011 agora, eu mudei de cidade, a banda se reagrupou e vão dar um show agora em Setembro, em Sampa (aqui do lado).
Essa era a piada.
Na verdade a piada é exatamente não ser uma piada. O show está marcadíssimo e meu ingresso obviamente comprado já.
É isso, sonhos impossíveis se realizam. True story.

Sobre uma ilha de garrafas pet.

Eu sempre quis ter uma ilha. - Ela disse.
Eu também! Mas ilhas são caras, e ganhar dinheiro é trabalhoso. - Eu respondi.
Então a gente faz uma ilha de garrafas pet. - Ela disse.
Como eu nunca pensei nisso antes... - Eu respondi.

Não, não. Leia de novo.
É uma ilha de garrafas pet. Se você não entendeu o quanto isso é irado volte e leia de novo.

---

Juro que vou escrever coisas mais relevantes e interessantes da próxima vez.

...

Mas ainda faço uma ilha de garrafas pet.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

むかしむかし - Há muito tempo atrás

Há muito tempo atrás, um velhinho e um jovem caminhavam no bosque.

No caminho, o velhinho viu uma formiga e desviou seu caminho para não pisá-la. O jovem, apesar de também ter visto a formiga não desviou e pisou em cima dela. O velhinho lhe perguntou: – Por que você não desviou? – E o jovem respondeu: – Era só uma formiga, tem um monte em todos os lugares.

Eles continuaram sua caminhada e no caminho, o velhinho viu um galho e desviou para não quebrá-lo. O jovem, apesar de também ter visto não desviou e o quebrou no meio para atravessar. O velhinho lhe perguntou: – Por que você não desviou? – E o jovem respondeu: – Era só um galho, tem um monte em todos os lugares.

Mais tarde no caminho, o jovem viu um animal muito ferido e passou por ele ignorando-o. O velhinho passou por ele depois, e ajudou o pobre animal. Ele perguntou: – Por que você não o ajudou? – E o jovem respondeu: – Era só um animalzinho, tem um monte em todos os lugares. Se fosse uma pessoa eu ajudaria.

Depois, havia um jovem dragão negro, e um ancião dragão branco sobrevoando aquele mesmo bosque. Os dragões iam pousar. No caminho o dragão ancião viu um humano e desviou seu caminho para não pisá-lo. Já o dragão jovem, apesar de também ter visto o humano não desviou e pisou em cima dele. O dragão ancião perguntou: – Por que você não desviou? – E o jovem respondeu: – Era só um humano, tem um monte em todos os lugares.

*Em especial pros meus amigos que fazem Nihongo, a versão original do conto que escrevi, em japonês.*

むかしむかし、若者 とおじさん林を歩いていました。

おじさん は 道で あり を 見て さけました。 しかし 若者 は ありを見てさけずにありをふみました。おじさん は 「何でさけなかったのかい」 と たずねました。 若者 は 「ただのありだったどこにもいるよ」と 答えました。

そのあとで、おじさん は 道で えだ を 見て さけました。 若者は 道で えだ を 見て さけずに ふんで おりました。おじさん は 「何でさけなかったのかい」 と たずねました。若者 は 「ただのえだだったどこにもあるよ」と 答えました。

それから、若者 は 道で ひどいけがをした 動物を見てさけました。 けれども おじさん は動物をたすけました。 おじさん は 「何で動物をたすけなかったのかい」 と たずねました。 若者 は 「ただの動物だったどこにもいるよ人げんだたらたすけてあげたんだ」と 答えました。

そして、黒くて若い 竜 と 白くてふるい竜 林を とびました。白くてふるい竜 は 道で 人げん を 見て さけました。黒くて若い 竜 人げんを見てさけずに人げんをふみました。白くてふるい竜 は「何でさけなかったのかい」 と たずねました。 黒くて若い 竜 は 「ただの人げんだったどこにもいるよ」と 答えました。

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre gostar do novo, sem deixar de gostar do antigo.

Essa é uma das claras características do antigo. Gostar dos dois lados da moeda.

Eu sempre achei estranho pessoas que gostam de branco, e por isso não gostam de preto. Por que eu não posso gostar de passar horas sentado jogando videogame e ao mesmo tempo gostar também de passar horas andando de bike, jogando basquete ou subindo montanhas ?

É proibido gostar de dormir às vezes 10h seguidas, e ao mesmo tempo gostar de dormir só 4h ou 5h pra poder aproveitar melhor o dia?

E as pessoas que não conseguem misturar doce e salgado então? Qual é o problema de comer a sobremesa primeiro e depois o almoço? Se você nunca comeu batata frita com milk shake não sabe o que está perdendo.

Eu mudei, na verdade acredito que mudamos todos os dias. Agora meu grande atual problema da mudança é: sempre que olho pra trás eu lembro que gostava muito do cara que eu era. E eu fico me perguntando porquê mudei então, e fico me perguntando se eu não deveria voltar a ser como antes.

Agora isso vira um grande problema mesmo é quando eu começo a pensar que também gosto do cara que sou, é claro, os dois caras tem um monte de defeitos e uma porrada de coisas que me esforço pra melhorar mas o saldo final nem é tão ruim assim.

Mas então qual dos dois? É simples, fico com os dois.

Eu sempre gostei dos dois lados da moeda.

Eu penso que as melhores mudanças, não são quando você muda completamente, mas sim quando mantém as características boas e muda apenas as ruims.

Eu gosto de escrever, e isso é uma das coisas que eu tenho medo de perder entre as mudanças. Então prefiro ser o cara novo, mas que ainda escreve.

Então não quero tomar partidos, não quero ter que ficar de um lado ou de outro.

Enquanto puder ter os dois, escolho os dois. Quando não der eu trabalho nisso.

E se eu disse no início do texto que esta é uma das claras características do antigo, e que gosto e faço questão dela, talvez eu nem esteja mudando tanto assim. Só crescendo um pouco.

Mas sem nunca deixar de ser criança.

Uma dose de céu aqui garçom, por favor. E uma de pena e tinta também.

Era exatamente o que eu estava precisando.

Oito de ouros

Andava de mãos dadas e sorrisos de orelha a orelha por aí.

Olhou nos olhos dela e disse: "Bom é quando a gente fica bobo junto".

Não dava pra ficar cansado de olhar pra ela, ficar repetindo o tempo inteiro que ela era linda era inevitável.

Dava pra se perder dentro dos olhos dela, como um pássaro se perde no céu. Livre e seguro ao mesmo tempo.

A via todos os dias, porém cinco minutos depois de sua partida e já sentia sua falta. Ao seu lado horas passavam em cinco minutos, já esses cinco minutos depois de sua partida eram algo entre uma ou duas eternidades.

Posso ficar só olhando nos teus olhos. Para sempre?

Às vezes as coisas são bem mais simples do que parecem.

Como o teu sorriso: tão simples, claro, e perfeito.

E não importa o quanto se tente fugir disso. Às vezes toda a paz e felicidade que você precisa, tem nome.

Oito de ouros.

E colocar sua felicidade e sua paz nas mãos de alguém e perigoso e complicado e pode não dar certo.

Mas a vida é feita de riscos.

Corra o risco, vale à pena.

Parece um sonho bobo.

Não me acorde então.

Estou muito bem aqui dormindo.

Do teu lado.

I didn't know if you wanted to
But I came to pick you up
You didn't even hesitate
And now you and me are on our way
I think I've bought everything we need
Don't look back, don't think of the
Other places you should've been
It's a good thing that you came along with me

(Piano Solo)

Gold in the air of summer
You'll shine like gold in the air of summer

Oito de ouros, 3 semanas.
Ato 1, página 3.

terça-feira, 31 de maio de 2011

O último dia de maio.

Era de manhã, ele saiu atrás de flores.
Caminhando pela rua parava pra cheirar cada uma delas.
Buscava o cheiro dela em tudo mas não conseguia encontrar.
Depois de acordado o cheiro dela tinha saído da roupa dele e agora só restava a lembrança.
Ele queria escrever algo pra ela, tipo...Tipo...
Ele não sabia o que escrever.
Era como se qualquer palavra que saíse de sua boca, que fosse escrita pelas sua mãos fossem tentativas falhas porque nada que ele disesse conseguiria descrever a beleza dela.
Não importante o que fosse dito, a sensação de tê-la em seus braços não era algo que ele conseguisse descrever. Talvez daqui a alguns anos, quando fosse um escritor de verdade seria possível.
Mas hoje não, hoje não havia o que dizer.
E já que o cheiro dela tinha partido de suas roupas, ele ia ter de se contentar com a imagem dela em suas memórias.
Mentira, havia o que dizer sim.
Só lhe faltavam palavras no último dia de maio.
E ele não conseguia mais passar tanto tempo sem escrever.

domingo, 17 de abril de 2011

A espada e a faca.

A muito tempo atrás havia uma lenda, sobre uma espada com o poder de dominar todo o mundo conhecido.

Uns diziam que ela era guardada dentro da mais profunda caverna, por um grande Dragão que não deixava ninguém se aproximar da espada. Outros diziam que ela ficava na mais alta montanha protegida por uma legião de demônios que davam a todos que iam em busca da espada uma morte extremamente dolorosa.

Ainda haviam aqueles que diziam que apenas o escolhido podia brandir a espada, e nenhum outro homem jamais conseguiria tocá-la, a não ser seu verdadeiro dono. Alguns afirmavam que a espada estava em um outro mundo paralelo, e apenas aquele que conseguisse entrar e sair vivo deste outro mundo seria capaz de trazer a espada.

A verdade é que muitos encontraram a espada, mas nunca se soube de nenhum homem que a possuiu. Esta é a história de um deles.

Um dos homens, dentre muitos que empenhou a vida inteira na busca por essa espada e pela sua força, o poder capaz de conquistar o mundo inteiro.E em uma de muitas de suas buscas por ela, ele atravessou mares e um dia chegou a uma distante ilha, onde havia um templo.

No centro do templo a espada estava fincada no chão. Atrás dela, ficava um velho ancião, que vestia uma túnica velha e portava duas espadas grandes, belas e aparentemente muito fortes em seu cinto. Apesar disso, o velho não tinha um semblante de guerreiro, e nem parecia ter força suficiente sequer para erguer as duas de uma vez.

O homem chegou gritando:

- Encontrei! A espada mais poderosa do mundo! Com ela eu serei invencível! Diga velho que demônios, dragão ou seja que monstro for, que testes eu preciso fazer! Mas eu levarei essa espada daqui comigo!

O velho calmamente tirou a espada do chão, levou-a em direção ao viajante.Estendeu a espada a ele e disse:

- É sua.

O viajante pegou a espada olhou ela de cima a baixo, era linda, afiadíssima e digna de ser conhecida como a espada mais poderosa do mundo, não era falsa. E era ainda mais bela e aparentemente poderosa do que as que o velho carregava. Não parecia que o velho tinha ficado com a verdadeira espada ou algo assim, aliás em momento nenhum o velho parecia estar mentindo ou tentando enganar alguém. Ele olhou para o velho e disse:

- É isso? Não tem nenhum teste? E só chegar aqui e levar a espada e pronto?

Enquanto o isso o velho dava as costas a ele e se distanciava. Ele parou e disse:

- Na verdade não, existe apenas um pequeno detalhe. Eu sou o guardião dessa espada, então no dia em que a espada for levada daqui minha vida não terá mais sentido. Para que um guardião da espada sem uma espada para guardar? Então essa espada sairá daqui no dia em que minha vida se extinguir, pra levá-la daqui você terá então, que me matar.

- É isso então - Disse o guerreiro. - Velho, eu não lhe subestimarei, eu não sou o primeiro homem a dedicar a vida em busca dessa espada e com certeza não devo ser o primeiro a chegar aqui. Não foi fácil chegar até aqui, eu não irei perder agora, não importa a sua força irei vencê-lo e conseguirei sair daqui com a espada mais poderosa de todas. Sem falar que eu a tenho em meu lado para essa batalha, por mais forte que possam ser essas suas duas espadas, elas não se comparam a minha. Prepare-se velho!

O guerreiro correu em direção ao ancião, apontando a espada mais poderosa do mundo pra ele. O velho não parecia ter nenhuma chance.

Num movimento simples, porém preciso o velho tirou uma faca de dentro da túnica e jogou em direção ao guerreiro. Ela o atingiu na cabeça e ele caiu morto.

A espada mais poderosa do mundo quicou no chão, derrotada.

O velho balançou a cabeça em sinal de reprovação, e disse:
- Mais um tolo cego. Não é a espada. É como se usa a espada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ambrosia

É diferente do cheiro das rosas.
É único, fabuloso
Inalcansável

É diferente do cheiro dos doces gostosos
Não enjoa, não importa a dose

É diferente do delicioso cheiro da chuva
Da paz e harmonia que ele traz

É meio como cheiro de desejo
Que arrasta, te carrega

É meio como cheiro de aventura
Que te incita e te desafia

Lembra cheiro de felicidade

Não é como cheiro de cabelo perfumado
Não é como cheiro de arco-íris e borboletas
É diferente.

É como uma aura em volta dela
Envolta nela

É um cheiro perseguido entre sorrisos e abraços
Meio misterioso, meio mágico
Embriagante.
Hipnotizante.

Tipo...
Ambrosia.

sábado, 9 de abril de 2011

Sobre drogas. A falta delas. E sobre se acostumar.

Drogas.

Obviamente eu não estou me referindo literalmente, mas por "drogas" nesse texto eu me refiro a algo viciante, apaixonante.

Eu acho que tudo começou com meu último relacionamento, o fim dele. E quando eu decidi que me apaixonar era algo ruim.

E por decidir mudar, mudei. Eu sempre me apaixonei demais e muito facilmente. Então o objetivo era esse: não me apaixonar.

E consegui. Consegui de verdade, nas vezes em que eu me senti tentado a me apaixonar eu desviei, me fechei, esqueci. E por vontade, evitei me apaixonar e consegui.

Até aí tudo bem mas como o ser humano é por natureza inconformado, depois que consegui exatamente o que eu queria surgiu o problema.

A minha mudança intencional saiu do controlhe.

E de não me apaixonar por pessoas, hoje eu cheguei a conclusão que não estou me apaixonando por nada.

E isso é ruim.

"Nunca crie expectativas" Eu dizia.

Pois é, o problema é quando você se acostuma.

Você passa realmente a não criar mais expectativas e se acostuma as coisas a darem errado, ou certo, tanto faz, você não criou expectativas mesmo.

Pois é, você se acostuma.

E quando você se acostuma a falta de drogas é um problema.

Acho que é melhor vez ou outra ter suas expectativas frustradas do que não criar nenhuma.

Meu nome é 8, estou livre das drogas a 1 ano.

E hoje, preciso de uma dose.

Uma dose de qualquer coisa que me empolge, que me faça correr atrás com vontade. Que me encha a cabeça o dia inteiro.

Preciso de uma dose de qualquer coisa que me apaixone.

O problema é que, louco pra me livrar desses vicíos. Eu tentei desesperadamente jogar essas coisas apaixonantes fora.

E agora, temo ter conseguido.

Alguém me vê uma dose de qualquer coisa aí. Por favor?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre 17 anos e 65 dias.

Começa assim: atraso.

Atrasado, apressado, invocado. Puto!

Hoje o meu dia foi uma série de fracassos, coisas dando errado e principalmente, atrasos.

Eu fiquei puto porque as coisas deram errado, e porque elas deram errado eu me atrasei e depois fiquei puto por ter me atrasado.

Na hora que eu cheguei no metro (atrasado) Eu tava puto num nível que nem vou comentar, mas beleza.

Eu sentei, tirei meu DS e tentei esquecer do mundo um pouco.

Pouco tempo depois entrou um cara no metro, falando alto, se desculpando por estar falando alto no metrô porque era chato ficar ouvindo alguém falando altro no metrô, e ele ia ser breve.

E eu pensei: "Lá vem discurso da igreja, era tudo que eu precisava ¬¬"

Mas pra minha grande surpresa não era discurso de igreja.

Era um cara que escreveu um livro de contos, nao conseguiu uma editora que publicasse seu livro, e ele mesmo imprimiu umas cópias e tava alí com a cara e a coragem vendendo.

Eu, como escritor, achei o máximo.

Fechei até meu DS pra escutar, apesar de que o bastante breve discurso que ele fez, não influenciou na minha vontade de comprar o livro ou não. Eu pensei em comprar pra ajudar também. Mas o quê me fez comprar mesmo, foi a minha vontade e curiosidade de ler o livro.

Beleza, comprei o livro. Aquele livro definitivamente salvou meu dia. Comecei a ler no metrô ainda e estou adorando.

Agora, o quê me levou a refletir e escrever esse texto foi:

E se eu não tivesse me atrasado? E se as coisas não tivessem dado errado hoje? Se eu não tivesse ficado puto de raiva com as coisas dando errado e com os atrasos...

Bom, se as coisas tivessem dado certo eu teria pegue o metro mais cedo. E não teria encontrado o cara com o livro, e não teria comprado e lido o livro.

E eu ia perder um livrão...

O nome do livro é 17 anos e 65 dias. O autor: Marcelo Barbosa.

Eu vou postar uns trechos dos meus textos favoritos, adaptados.

Espero que gostem. Eu gostei.

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Big One: fenômeno que pode acontecer a qualquer momento na cidade de São Francisco, devido a movimento das placas tectônicas e destruir completamente a cidade.

Perguntou a aluna ao professor: Então porque as pessoas de la não se mudam?

Já pensou se você morasse numa cidade que pode ser destruída a qualquer momento? Provavelmente viveria aproveitando cada dia como se fosse o último.

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A verdadeira batalha começa quando você acha que não dá mais.

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Existem pessoas que são como estrelas, e outras que são como cometas.

Cometas são lindos, assistir a queda de um cometa é um momento memorável, talvez porque eles passam e pronto.

Mas quando olhamos pro céu, quem está ali noite após noite são as estrelas.

Então porque não valorizamos as "pessoas estrelas" como valorizamos as próprias estrelas.

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Sobre preconceito. "As pessoas que gosto e as que eu não gosto, ambas têm o direito de viver no mesmo mundo que eu."

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Mas não há como exigir o respeito de verdade. Esse precisa ser espontâneo ao merecermos.

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O cara diz que te ama, enão tá. Ele te ama. Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

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A diferença entre ter a faca e o queijo na mãe e cortar o queijo é minima. Mas é essa diferença que acaba sendo determinante.

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A escrita só se completa com a leitura (Ivan Jaf)

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Essa foi uma das últimas frases que eu falei com ele, dizendo que eu queria publicar um livro também e tal e ele disse:


Só é difícil quando a gente acha que é difícil antes de tentar.

domingo, 27 de março de 2011

Sobre voltar no tempo.

"Eu queria poder voltar no tempo."

Eu vi essa frase em um seriado hoje, e me veio a cabeça a velha discussão batida, sobre voltar no tempo, e me deu vontade de escrever sobre.

Eu não queria voltar no tempo.

Porque? Bom porque eu sou um cara realista, e acredito em todos aquelas paradas de "Sci-fi" de que alterar o passado mesmo que um pouco só que seja, mesmo que um pequeno fato só pode mudar completamente o seu presente.

E eu gosto do meu presente, sempre gostei.

Claro, a minha vida não é superultramegablastermuitodoidaadorodemais mas eu gosto dela.

Eu gosto de quem eu sou. E acho que cada detalhe do meu passado contruiu quem sou hoje, e não gostaria de mudar isso.

Então, se eu realmente pudesse escolher entre voltar no tempo ou não, tenho praticamente certeza de que não voltaria.

Até porque aposto que na tentativa de melhorar as coisas, eu acabaria piorando tudo.

Mas nem era isso que eu queria dizer.

Todo mundo já pensou em voltar no tempo alguma vez.

Eu já desejei profundamente voltar no tempo e mudar algo. Mas é o tipo de coisa que passa.
Você pode passar, dias, meses, até anos talvez, pensando em voltar no tempo, em mudar algo, em como as coisas podiam ser diferentes.

Mas uma hora passa. No geral você se acostuma, percebe que aquilo já passou e que as coisas estão bem como estão.

Não era o caso do personagem.

A esposa dele havia morrido, e pelo desespero dele nota-se que ele à amava muito.

Então, posso estar errado, mas a possibilidade de que esse personagem passase a vida inteira querendo voltar no tempo era bem grande.

Eu acho que existe uma diferença absurda entre querer voltar no tempo, e essa vontade passar um dia. E querer voltar no tempo e essa vontade não passar nunca.

É tipo uma grande linha que corta sua vida e partir desse momento as coisas mudaram. Mudaram tão bruscamente e de uma forma tão horrível que você vai querer voltar no tempo a vida inteira simplesmente desejando que elas não tivessem mudado.

Então existem 2 tipos de "vontade de voltar no tempo" a normal, que todos temos várias vezes, e que passa.

E a segunda onde passamos a vida inteira com "vontade de voltar no tempo" não importando as consequências disso, aliás nem conseguimos pensar nas consequências, por que seja lá o que tenha acontecido foi tão ruim que na 1ª oportunidade de voltar no tempo, você voltaria.

Eu nunca tive a segunda "vontade de voltar no tempo".

Nem desejo isso pra ninguém.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O paladino caído.

Num reino antigo, próspero e belo havia um príncipe. Um paladino, guerreiro da justiça, desde criança havia sido treinado na arte da magia branca e da espada divina. Era um guerreiro formidável.

Conhecido como Licec da alma de prata, era admirado por todos do reino e onde passava todos reconheciam sua espada, seu rosto, e seus cabelos prateados. Altruísta, sua bondade para com todos os outros era conhecida por todos no reino.

Licec por diversas vezes entrou em combate com inúmeros demônios e sempre saiu vitorioso.
Sempre, até aquele dia. Pois está não é a história da ascensão, das vitórias ou da vida de Licec.
Essa é a história da batalha onde ele foi derrotado. É a história da morte do guerreiro da alma de prata.

Era uma noite calma e silenciosa, Licec dormia em paz em seu castelo ao lado de sua amada princesa, o amor de sua vida.

Gritos, desespero, trevas. O reino estava em pânico.

Dezenas de soldados caiam por todos os lados do castelo, um Lord, como eram conhecidos os mais poderosos demônios estava atacando o castelo.

Licec sabia por que, os Lords sempre atacavam com um propósito simples, eles iam atrás dos mais poderosos guerreiros para convertê-los em Cavaleiros das trevas.

Ele era o alvo. “Sou eu que ele quer” Foi o que pensou, pegou sua espada e desceu correndo as escadarias da torre, ao chegar lá embaixo grande foi sua surpresa ao descobrir que o monstro já não estava mais lá.

Um dos soldados o alertou:
- Ele voou até o seu quarto!

Licec voltou correndo. Mas já era tarde demais, o destino já tinha envolvido suas cordas através do corpo dele e não havia mais nada que ele pudesse fazer.

Ao chegar ao quarto não havia nenhum demônio lá, apenas a princesa.

- Licec da alma de prata, eu vim levar você.

Foram as palavras que saíram da boca dela.

- Não!

Um grito prolongado e desesperado, carregando nele todo o horror que havia no coração e nas lágrimas do guerreiro da alma de prata. O demônio havia tomado o corpo de sua amada.

A princesa foi ao encontro de seu cavaleiro, colocou a mão em seu rosto e disse:
- Mate-me.

Só o peso dessas palavras foram o suficiente pra derrubar sua espada, e fazê-lo cair de joelhos no chão.

Um som agudo de destruição, seguido pelo barulho dos estilhaços da torre despedaçada. Com uma rajada de energia o demônio destruiu o teto e as paredes da torre fazendo com que fosse possível ver todo o castelo daquele lugar.

Ele apontou para os soldados mortos e para o rastro de destruição que ele deixou ao passar como quem demonstra ao paladino o quanto estrago ele era capaz de produzir em tão pouco tempo.
A sua escolha é simples paladino. Você pode matar sua amada e salvar o seu reino. Ou pode deixá-la viver a custo da vida de todas as pessoas dessa cidade.

- Não importa que escolha você faça, você já perdeu. Eu posso sentir a partir do momento que minhas palavras o atingiram eu plantei a dúvida em seu coração, meu objetivo já foi cumprido, a sua escolha é irrelevante.

Você pode manter a vida da sua amada, e seu egoísmo de não conseguir deixá-la partir trará por conseqüência a morte de centenas de pessoas e você não conseguirá lidar com isso, seu coração enfraquecerá. Ou você pode matá-la, porém mesmo salvando todas as outras pessoas o sangue das vísceras dela nunca será lavado de sua alma, você se culpará para sempre pela morte dela e mesmo que você tente perdoar a si mesmo com a desculpa de que a matou para salvar centenas de vidas de nada adiantará você nunca perdoará a si mesmo, e seu coração enfraquecerá.

Você já perdeu agora faça a sua escolha, tome o tempo que quiser. Por enquanto eu seguirei matando esses seres insignificantes como formigas que correm pra fora do formigueiro quando pisado. Algumas dezenas por vez.

Novamente o som agudo perfura o ar, e uma rajada de energia atinge alguns soldados que caem mortos entre poças de sangue no chão.

O que se passava na mente ou no coração de Licec era algo indescritível. Como um grande branco, um vazio. E não importava o quão forte fosse seu espírito, sua alma havia sido dilacerada. E seu corpo estava tão paralisado quanto seus pensamentos.

Você sabe que não há solução, sabe que é impossível me tirar do corpo da garota, sabe que eu posso matá-la quando quiser. E sabe que fazer nada é a pior das opções, como eu falei o seu coração já foi atingido, seu espírito destruído e qualquer opção que você tome é irrelevante. Não fazer nada também é uma opção, assim eu só terei que matar tanto todos os cidadãos do seu reino quanto a sua amada. E neste momento seu coração estará pronto para se tornar um cavaleiro das trevas.

Licec, você sabe por que os cavaleiros das trevas não temem a morte?... Eles já estão mortos. Depois desse dia sua alma, suas emoções e sua razão estarão tão abaladas você desejará tanto ter morrido antes de hoje para não ter que passar por tudo isso que você lutará, você lutará em meu nome, buscando constantemente nos campos de batalha seu descanso eterno. E a morte e somente ela será sua recompensa um dia. E saiba que se você tentar se matar agora, só facilitará o procedimento, uma ferida física e tudo que falta a seu corpo pra completar a sua transformação.

Silêncio... Destruição... Ele atacou mais uma vez.

Licec, eu não tenho a noite toda. Já estão todos mortos, sua amada, seu reino, você. Ainda não entendeu? Vamos, mate-me.

O paladino da alma prateada pegou sua espada, e fincou no peito de sua amada.
- Isso Licec.

O demônio saiu do corpo dela pela sombra, e materializou-se outra vez.

A espada de Licec estava banhada em sangue, a princesa voltou a si, olhou nos olhos de seu amado uma última vez em vida, colocou as mãos na lâmina de sua espada e caiu ao chão.

O Lord arrancou a espada do corpo da princesa, a sua lâmina tornou-se negra. Ele fincou a espada no coração de Licec, e o paladino caiu de joelhos no chão.

- Cavaleiro negro.

- Sim, mestre.

- Levante-se.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A última carta a seu amor escrita.

Primeiro, eu me apaixonei. Não foi a primeira vez, e você sabe disso.

Sei que era a boca dela. Ana. Cabelos castanhos, olhos claros. Ana. Calça jeans, blusa branca. Queria vê-la de vestido.

Como é ela? Eu lhes falaria ainda que não perguntassem, mas penso que de nada adianta dizer que seu sorriso brilha mais que o sol, que a lua cheia perde feio ao seu olhar, que sua voz é mais bela que o som das ondas do mar, e que nem toda a beleza da terra compara-se a dela. Isso todos dizem.

Garota Apaixonante

Que encanta meus olhos
Aquece meu coração

Você não sabe, mas
Teu cheiro
Ficou em minha memória
Teu sorriso
Ficou em meus olhos

Eu vou sorrir pra você
Como eu sempre sorri,
ao ver teu sorriso

Quando eu vejo o mundo
Refletido em teus olhos
Tudo me parece tão...
Perfeito.

Mas mesmo toda a tua perfeição
É facilmente ofuscada
Pela perfeição
Do teu sorriso.
Do teu olhar.
Do meu sonhar.
Você.

Menina,
Que quando passa
Muda o curso dos ventos
Muda o canto dos pássaros
Traz o arco-íris
Traz as borboletas
E as flores

Menina...
O tempo passa
O mar vai secando...
O vento leva a terra...
Os prédios caem
O sol sobe, e desce.
A lua torna-se cheia
De novo, e de novo.
E tudo passa
Mas não muda nem por um segundo
O que eu sinto por você.

E foi ao encontro dela, a beijou, vinte anos depois, e era uma das poucas coisas que ele nunca tinha enjoado de fazer.

A última carta a seu amor escrita.

No cantinho da página
“Da sua eterna Minerva”

---

Hoje eu estava relendo uns textos antigos...
Eu revi meus textos de "garoto apaixonado" e não vou mentir, bateu uma saudade.
Então resolvi fazer um texto juntando trechos dos meus textos antigos. Pra matar a saudade do "garoto bobo que escreve cartas" que eu já fui.
Pra quem quiser ler os textos originais vou deixar os links. Em ordem que aparecem no texto.
Bons velhos tempos =)

Uma carta a 10 de Julho de 2008
Ana, a garota que nunca ganhou um ursinho
Poema em prosa de um apaixonado
Garota apaixonante
Óbvio demais
Que muda o curso dos ventos
Dialogo de um apaixonado
Hipoteticamente Sonhador
Minerva

Grande abraço.
Oito.

domingo, 13 de março de 2011

Sobre nada

Vento sem brisa
Céu sem estrelas
Mar sem ondas
Ampulheta sem areia

E o tempo passando sem passar

Espada sem lâmina
Texto sem palavras
Quadro sem tinta
Coração sem sangue

Deitando na chuva
sem se molhar
Saltando de predios
sem adrenalina
E caindo
sem doer
Se levantando sem esforço, quase sem querer.

Sorriso sem graça
Abraço fraco

Quando um pedaço de vazio é tão grande
Que já preenche a maior parte

Até mesmo um poema
Fica sem emoção

E percebe-se que tudo
É sobre nada.

---

http://fragmentosdecotidiano.blogspot.com/2011/03/11-da-serie-deixa-as-musicas-falarem.html

sábado, 5 de março de 2011

O garoto que perdeu sua flor.

- Arf... Arf...
Voltava correndo, afobado. Como quem corre com medo de parar.
- Pá!
Tropeçou, desequilibrou, quase caiu. Mas continuou correndo.
Chegou.
- Arf... Arf...
Olhou pra um lado pro outro, olhos no chão o garoto tinha perdido uma coisa.
Era uma flor.
Ele tinha dado um nome pra sua flor, era "a flor mais bela do mundo".
Ou apenas "Bela" para os íntimos.
A uns minutos atrás ele tinha encontrado Bela. Estava andando na pracinha e tinha uma árvore, nela haviam dezenas de flores bonitas, ele ficou olhando... Olhando... Até que viu a flor mais bonita de todas, deu um sorrisão, esticou a mão e tirou ela da árvore.
Ele sentou e ficou olhando pra flor, e foi nesse momento que ele deu nome a ela.
Ele deu outro sorrisão, teve uma idéia genial. Colocou a flor na orelha.
Era um garoto, se aparecesse algum adulto alí ele provavelmente ia ser obrigado a tirar a flor da orelha porque "era coisa de menina". Mas sorte a dele não tinha nenhum adulto chato por alí e o garoto pôde ficar com sua flor mais bela do mundo em paz.
Ele ficava olhando pra pracinha, pra árvores, pro céu e sorrindo o tempo todo.
Depois foi dar uma volta na pracinha e procurar alguém pra brincar, achou rápido.
Correu, pegou, foi pegue, se divertiu um bocado até cansar.
E quando cansou sentou e pôs a mão na orelha.
Mas Bela não estava mais lá.
O coração do menino logo passou a bater rapidamente, ele se levantou num pulo e correu pra árvore onde tinha achado Bela.
Mas ela não estava mais lá, ela não estava em lugar nenhum.
O garoto não achou sua flor e ficou muito triste.
Mas o pior nem foi tê-la perdido.
O pior foi nem perceber quando a perdeu.
Foi nem conseguir dizer adeus.
O mais triste da história é que, chateado com a perda da flor mais bela do mundo o garoto passou o resto do dia com a cabeça baixa.
E esse dia que ele passou com a cabeça baixa fez ele deixar de ver centenas de outras lindas flores que estavam nas árvores no meio do caminho.
Acho que uma ou outra devem ter quase caído em cima dele e ele não percebeu.
Fim da história.
Ah!
Uns anos depois o garoto cresceu. E um dia ele viu uma garota com uma flor na orelha.
Ele ficou encarando ela uns segundos se lembrou da história e falou:
- A flor mais bela do mundo...
A garota olhou pra ele sorriu, tirou a flor da orelha e perguntou:
- Essa? Acho ela tão bonita assim?
O garoto meio que acordou, olhou fundo nos olhos dela e disse:
- Ah. Não... Eu... Estava falando de uma outra flor na verdade.
E sorriu.
Ela sorriu também.
O sol estava se pondo nas costas deles.
Agora sim.
Fim da história.

terça-feira, 1 de março de 2011

Cause the times they are changing.

1º de Março de 2011.

Eu mudei. Acho que isso já é inegável.
Olhando pra trás já fazem 2 anos que comecei a escrever aqui. Eu acho que mudei muito nesses últimos dois anos.
O problema é que fico o tempo inteiro me perguntando se eu gostei de mudar.
Hoje eu abri a gaveta das lembranças.
Tem um "Simba" de quando eu fazia a 3ª série, um gibi da Mônica que um amigo meu da 1ª série me deu. Tem uma foto num porta-retrato em forma de coração. Tem uma coleção de... Nem vou dizer. Tem um golfinho que era de uma amiga minha quando eu fazia a alfabetização. Um presente que nunca dei. Um presente que ganhei da minha 1ª namorada. Um presente de despedida que uns amigos meus de terras distantes me deram. Tem uma lapiseira de uma amiga minha. Um livro que a minha avó me deu. O manual de instrução do meu PS1. A coroa da 1ª vez que comi no BK. Os rascunhos das tirinhas do blog. Um chaveiro do melona. Os papéis da 1ª viagem da Entei no Dan a Sampa. Tem lembranças da Acrópole, meu cabelo de Padawan. A camisinha de banana que a Mary me deu (sorry, essa eu não vou usar :p) e a aquisição mais recente foi uma tampa de "Ice" e uma promessa. Enfim tem um monte de bagatelas que não fazem sentido pra ninguém a não ser pra mim.
Eu tenho tanto orgulho do meu passado, de uns grandes amigos que fiz, das "histórias pra contar pros netos" do cosplay de cabelo vermelho, acho que até de jogar futebol em frente da rua de tiara, gordo e sem blusa eu me orgulho.
Eu lembro que no começo eu queria mudar. Mas hoje eu já não sou tão certo disso. Eu comecei querendo e depois perdi o controlhe, mudei no automático.
Eu me peguei conversando com uma amiga e dizendo: "Estou fazendo academia agora!" e ela me lembrou: "Não era você que vivia dizendo que nunca ia fazer academia."
Não que eu me arrependa de ter começado a academia, pelo contrário. Me arrependo do tempo que fiquei parado praticamente sem fazer nenhum exercício. Ficar parado eu nunca gostei e essa é uma das coisas que luto pra não mudar.
Mas eu interpretei esse trecho do diálogo como o destino jogando na minha cara "você mudou!"
Tá isso eu entendi., mas o meu questionamento agora é: se eu gostei disso ou não.
Porque hoje, eu gosto um bocado do cara que fui.
Me resta saber se gosto desse cara que sou.
Eu acredito que a história funciona em ciclos, mas já faz um bom tempo que acho que estou no fim de um, o que eu não encontro é o princípio do próximo.
Quando foi a última vez que eu fui a "lugares onde carros não vão"? E o que mais me pergunto quando foi a última vez que me empolguei pra qualquer coisa como eu costumava me empolgar.
Eu que nunca me imaginei pensando "o quê vamos fazer hoje?" Nunca, eu sempre tinha 2 planos em cada bolso. Onde ficou aquela "alma de prata"? Quando foi a última vez que saí de casa só pra ver o pôr-dol-sol ? Quando foi a última vez que fiz uma promessa ? Quando foi a última vez que me importei...
Eu fiquei pensando se esse texto ficou depressivo, se ficou, com certeza não era a intenção. Eu não estou chorando em cima de lembranças antigas da gaveta das lembranças e me lamentando porque certas coisas mudaram.
Eu só resolvi abrir a gaveta, olhar pra uns objetos e falar: "Porra. Eram putas bons tempos." Não que eu não goste dos atuais, mas "Porra. Eram putas bons tempos."
Mas pra falar a verdade acho que quando eu estava neles nem sempre eu os achava tão bons assim.
Talvez daqui a dois anos eu esteja olhando pra gaveta das lembranças atualizada, pensando em hoje e falando "Porra. Eram putas bons tempos."
Mas já chega de falar como se eu tivesse umas décadas de anos pra trás.
Foi-se minha dose de passado. Back to the present.
Porque outra coisa que sempre acreditei foi que o presente é o mais importante. E é outra coisa que não quero mudar.

Até mais, e obrigado pelos peixes.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Chain Break (Parte 5)

- Lembrei! (John)

Saiu do banheiro trocou de roupa. E resolveu sair.
Mas pra onde mesmo? O negócio era ir embora caminhar pra qualquer lugar... Mas não posso ficar andando por aí tarde da noite, acho que a única coisa aberta uma hora dessas é um supermercado 24h aqui do lado. Que seja então.
- Oi!
Supermercado 24h tarde da noite, lugar estranho pra encontrar alguém.
- Oi! Fazendo compras essa hora?
- Pois é... Longa história, só um hábito estranho. Pra quebrar a rotina sabe?
- Pô, legal.
Sério, achei legal mesmo. “Hábito estranho” São palavras que rendem boas gargalhadas geralmente.
- Só uma uma duas coisas que tenho que pegar. Vamos lá?
Ele tá me convidando pra acompanhar ele nas comprar noturnas? Bom isso foi meio estranho mas eu tô aqui no supermercado mesmo afinal. E porque não? Tô fazendo nada mesmo.
- Beleza. Em que seção é ?
- Sei lá... Deixa eu ver...
Ok, pessoas espertas vem pra um supermercado com um a lista ou algo assim. Mas beleza...
- Bebidas! Estou com sede.
Isso é que é decidir na hora.
- Qual bebida eu levo?
- Tá perguntando pra mim? Eu não sei, você que veio fazer as compras ué.
- Escolhe uma aí.
- Pega um vinho então.
- Beleza.
- Precisa do que mais?
- Deixa eu ver... Eu tenho um vinho... Agora só preciso de um queijo!
- Queijo é bom.
Queijo, depois caixa, caminho a saída, passamos pelas mesas e...
- Aí, porque a gente não senta e bebe?
- Aqui, agora?
- Sim, agora. Por que não?
Por que não né? Tô fazendo nada mesmo.
- Beleza.
Ele foi pegar uns copos, voltou rápido. Colocou vinho neles, olhou pra mim e disse já sorrindo:
- Então... Você vem sempre aqui?
Eu quase ri.
- Nesse supermercado? Claro! Principalmente depois da meia-noite.
Ele sorriu.
Eu percebi que estava bem melhor do que o esperado. Não estava dando gargalhas por aí, mas melhor no supermercado a meia-noite tomando vinho com um colega que mal conhecia do que na minha cama sozinha perdida em péssimos pensamentos. Fiz bem em sair.
A garrafa de vinho foi embora rápido. Sabe essas pessoas que você mal conhece e uma vez acabam conversando e você nunca imaginou o quando aquela pessoa pudesse ser interessante e divertida? Eu já estava até rindo. Eu já tinha até me esquecido... Do quê mesmo?
Mas como tudo acaba, nos despedimos, ele estava indo embora e alguns segundos antes de partir olhou nos meus olhos uma última vez aquela noite.
Sabe aquele tipo de pessoa que fala muito com os olhos? Pois é. Nem vou contar a vocês o que li nos olhos dele.
Eu só sorri.
Tempos depois ele me disse que passou a noite pensando naquele sorriso.
E pensar que eu saí de casa sem a mínima esperança de sorrir essa noite.
Esse foi nosso primeiro encontro.
O resto são outras histórias. Use a imaginação, mas dou uma dica.
Final feliz.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Chain Break (Parte 4)

- Alô ? (garota de 12 anos do outro lado da linha)
- Oi! É o John. Tudo bem ?
- Tudo. E com você John?
- Tudo! Desculpe ter ligado tão tarde...
- Sem problema o quê é?
- Eer... Bom, eu queria encontrar você hoje. Ah, sei lá bater um papo.
(Encontrar minha irmã hoje? É meia-noite! Esse cara é o quê, doido?)
- (Silêncio...)
- Eer... Oi?
(Sorriso macabro ao fundo)
- Oi! Tudo bem John! Aonde?
- Oh! Eer... Na... No... No supermercado!
(É doido mesmo) - Aquele aqui perto?
- Isso!
- Tá certo então, te vejo lá.
- Certo!
- Tchau.
- Tchau...
- Tu... Tu... Tu...
Como se minha irmã fosse sair à meia-noite com esse doido. Otário, vai esperar a noite toda.
E do outro lado da linha, John.
Não estou acreditando que isso deu certo mesmo. Foi fácil demais, pensei que ia ter que tentar uns 4 contatos... Bom, funcionou é o que importa. Agora, pro supermercado perto da casa dela... Aonde é que ele morava mesmo?

...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Chain Break (Parte 3)

- Alô ?
- Eu parei de ir atrás de você. Percebi que era o quê você queria. Certo? Você poderia ao menos ter me ligado...
- Sim, eu queria. Mas o destino mandou que eu me afastasse.
- O destino disse algo sobre eu sentada sozinha ouvindo mensagens antigas só pra ouvir sua voz? Algo assim ou... Sobre eu procurar rostos de estranhos no metrô na esperança de cruzar com seu sorriso. Mas nunca achei.
- Ele não me disse, isso eu descobri sozinho.
- Certo. Então porque resolveu atender dessa vez?
- Já é hora de dar um ponto final nisso, não ia dar certo mesmo. Todas essas dificuldades... Você sabe.
- Então amar não é suficiente?
- Não.
Tu...Tu...Tu...
Bom, ao menos foi a última vez que ela ligou pra ele.
Não era a primeira vez que ela chorava por causa daquele cara. Na verdade das duas últimas vezes quando chorou prometeu a si mesma que ia ser a última vez. Dessa vez nem se deu ao trabalho de prometer. Mas foi a última vez.
Tomar um banho pra esfriar a cabeça.
Chuá...
“Em algum lugar do tempo... Nos ainda estamos juntos” (música)
Fechou o chuveiro.
Maldito toque de celular...
Quer saber? Foda-se. Vai tocar até a morte.
Abriu o chuveiro.
- Mana! Seu celular tá tocando!
Aff...
- Tô no banho! Vou atender não! Desliga aí!

Hehe... (curta e silenciosa risada maligna ao fundo)

---

Aleluia! Desculpem a demora gente >.<
Finalmente a 3ª parte do Chain Break, eu já havia escrito esse trecho do texto a algum tempo, mas só queria postar quando tivesse o texto inteiro.
Finalmente terminei! Mas não pensem que vou postar tudo de uma vez, se não perde a graça =D
E se não entenderam "John" não faz parte desse diálogo, esse texto é um outro lado da história que vai se encaixar depois aí as coisas vão fazer mais sentido.
Desculpem se eu fugi um pouco do protagonista, mas eu quis trabalhar um pouco essa outra personagem também.
Faltam só mais duas partes, a 4ª é bem curta e depois a última, já foram escritas.
Devo postar amanhã. É isso, contagem regressiva pro fim do "Chain Break".
Grande abraço a todos. Acompanhem até o fim =D

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

45.

Voltando a ativa \o/

Desculpem pela ausência, e prometo o fim do Chain Break nos próximos dias.

Eu recebi esse texto por e-mail e achei muito genial, tinha que compartilhar.

Juro que volto com textos meus em breve, mas por enquanto fica esse pra vocês. Espero que gostem.

Grande abraço,

Oito.

---

Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.


"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Chain Break (parte 2)

Ele chamava essa regra de “Chain Break”. A cada hora que se passava, toda vez que o ponteiro acertava horas exatas às 8h às 9h às 23h. Ele tinha uma chance de quebrar a rotina. Uma vez por dia quando o relógio acertasse uma hora, ele tinha que fazer algo pra quebra - lá. Por quê? Porque sim oras. Ele teve essa idéia um dia gostou e resolveu aplicá-la. E deu certo, os “chain breaks” eram geralmente os melhores momentos do seu dia.

Eu não estou falando de nada excepcional, ações que mudassem sua vida ou dessem pra fazer um filme. Eram coisas simples às vezes ele só deitava no chão (não importando onde estivesse) as vezes corria tentava pular a primeira coisa alta que via na frente (esse lhe rendeu um tombo feio uma vez) teve um dia que ele resolveu fazer uma receita pegando ingredientes com os olhos fechados (não deu certo também) outro ele fez seu próprio jogo de tabuleiro (apesar de ninguém nunca ter jogado) uma vez escreveu uma poesia. Teve uma hora que pegou uma flor e entregou pra primeira garota bonita que viu, ela sorriu ele sorriu também e foi embora (podia ter ao menos perguntando o nome dela...). Não importava realmente o quê John ia fazer o quê valia mesmo era o “fazer”. Qualquer coisa estranha, inesperada, imprevisível a primeira coisa que lhe viesse na cabeça. E seja lá o quê ele estivesse fazendo sempre durantes os “chain breaks” John estava sorrindo, rindo, sei lá. Era legal e ele se divertia muito com isso.

A coisa já estava ficando até mais elaborada. Tinha o “final break” que ocorria as 23:59 e era a última chance dele de quebrar a rotina naquele dia. Ele ficava olhando pro relógio e dizendo... “O dia ainda não acabou!” Enquanto eram 23:58... E um minuto depois ele fazia qualquer coisa. O primeiro “final break” foi um dia totalmente perdido, chato pra caralho onde teve uma reunião chata no trabalho, um café derramado na blusa, um ônibus perdido e uma série de acontecimentos reunidos que o impediram de conseguir um “chain break”. Naquele dia quando ele olhou pro relógio e viu que já tinham passado das 23h aliás já eram 23:59 e que ele teria passado um dia sem um “chain break” ele gritou: “Não!” Saiu do seu apartamento, desceu as escadas e foi correndo no meio da rua as 23:59 com a roupa do trabalho... Aproximadamente 4 minutos depois ou tempo que o grande físico sedentarista de John o levou pra cair sentado no chão. Ele deitou, olhou pro céu e... Lembrou-se que era perigoso onde morava e era melhor ele sair correndo de volta pra casa. Foi o que ele fez... Não me pergunte porquê, mas ele voltou correndo e sorrindo. Meio coisa de louco mesmo.

Tinha outra regra também. Sabe quando ele entregou a flor pra garota no meio da rua? Pois é, ele teve a idéia pegou a flor olhou pra um lado e outro viu uma garota bonita foi em direção a ela e... TU DUM... TU DUM... Seu coração bateu forte e rápido pra caramba. E ele começou a pensar... E se ela achar ruim? E se me der uma tapa? Gritar comigo? E se o namorado dela tiver por aqui? E se o namorado dela for um cara grande e forte? E se? OH MEU DEUS. E se... E se... Ele parou um segundo a garota passou por ele. Ele tinha ficado com muito medo pra entregar a flor, ele tinha ficado com muito medo pra conseguir aquele chain break. Foi aí que ele inventou mais essa regra “Não existe medo durante um chain break” Virou, tocou o ombro da garota olhou pra ela sorriu e disse “pra você” ela sorriu, ele virou as costas e foi embora.

Pois é, já tem o “chain break” o “final break” e o “Não existe medo durante um chain break” com essa já são 3 regras. John nunca gostou de coisas complicadas, a coisa começou com uma regra e agora já eram 3! Mas hoje John estava realmente a fim de tentar algo mais novo e mais difícil ainda. Ele deu o nome de “hard break” e ia ser a última regra.

A idéia era simples o “hard break” consistia em convencer alguém a fazer um “chain break” junto com ele. Por isso o nome “hard” afinal fazer uma loucura sozinho é tranqüilo mas convencer alguém a fazer junto... É “hard”.

Hoje ele ia tentar o primeiro “hard break”, aliás, ele ia tentar um “final hard break” As 23:59 ele ia pegar o celular, ligar pra um contato aleatório da agenda e convencer seja lá quem fosse a fazer qualquer maluquice junto com ele.
Considerando as habilidades de John de convencer as pessoas. Ele julgava que isso ia ser difícil pra caramba. Talvez... Se ele tentasse ligar mais cedo, ou... Ligasse pro ser melhor amigo... Podia ser mais fácil.

Mais aí não teria tanta graça assim. O divertido dos “chain breaks” é exatamente a parte em que o destino se mete. Então teria que ser as 23:59 e teria que ser uma pessoa aleatória.

Ele passou o dia pensando nisso.

23:58... 23:59 Era agora, já estava com o celular na mão, colocou na agenda, fechou os olhos e escolheu um número. Discando...

Era o número de uma garota.

Foi nessa hora que ele pensou... Anh... Acho que a probabilidade dela simplesmente não atender e assim irem por água abaixo meus grandes planos é imensa.

Tu...Tu...Tu... (o celular)

TU DUM... TU DUM...TU DUM... (o coração de John)

...


- Alô?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Chain Break (Parte 1)

Abra os olhos.

Levantou da cama num pulo, já com o lençol na mão, vai dobrando ele e abrindo a gaveta do guarda-roupa com o pé enquanto pensa em que roupa vestir. Tempo é dinheiro. Cinco minutos e estava na sala, tomando café com uma mão e calçando o sapato com a outra. Ninguém lhe dá bom dia, ele não mora só, mas parece que mora, afinal os horários não se batem e é raro os moradores daquela casa se encontrarem. Desce as escadas correndo, são 7:44 agora conseguiu se arrumar e sair de casa em 14 minutos, foi um bom tempo seu recorde pessoal eram 11 minutos.

Bom dia! Sabe aquele bom dia que somos obrigados a dar? Pois é esse bom dia (que ele deu à recepcionista) foi um deles. Sua sala era uma das últimas do corredor passou por todas rápido, até melhor que seja rápido assim ele não precisa falar com ninguém. Chato? Eu não diria chato. Eu diria que a vida dele era chata. Que a sociedade era chata pra caralho. Aquela coisa de acordar todo dia no mesmo horário, pegar o mesmo ônibus, ir pro mesmo lugar, ver as mesmas pessoas. Putz, se você quiser isso pode se tornar chato pra porra!

Sabe aquele emprego de mexer nos papéis, no computador. Aí você inverte do computador pros papéis, pegar um cafezinho pro chefe (e aquela cara dele de “chegou atrasado de novo?” tsc tsc) ou aquela sua vontade de matar ele de vez em quando.
O ser humano é assim mesmo. É fácil estabelecer padrões pra sua espécie. O problema é justamente que tem sempre um ou outro fora desses padrões.

John era desses que teimam em ser diferente.

Ele tinha uma regra.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Testes aleatórios

Hoje, mais uma noite super divertida com o Entei no Dan.
Bom pra me lembrar porque eu vou pra UNB e com certeza não são pelas aulas.

O Leo contou pra gente uns testes que achei super divertido e resolvi postar.
São bem simples, responda sinceramente, não tente inventar ou burlar as regras e saiba que não existe resposta certa ou errada, dependendo da opção que você escolha só vai lhe dizer um pouco sobre como você é.

Responda cada um e depois passe pro próximo. Se você ver as respostas antes de responder perde a graça e nem tem sentido. Faça direito =D

1º ) Você passa de carro pela parada de ônibus, está chovendo, você vê na parada três pessoas. O amor da sua vida, uma senhora de idade precisando de socorro tem que ser levada ao hospital, e um médico que salvou sua vida uma vez. Você só pode levar uma pessoa. Quem escolhe?

2º ) Você está indo visitar a pessoa que você gosta, existe um caminho longo e bonito, onde você pode curtir a caminhada e ir observando a paisagem. E existe um atalho que é um caminho mais curto, porém sem graça. Qual você escolhe?

Independente do caminho que escolheu, você passará por uma floricultura pra comprar flores pro seu amor e deve escolher entre levar um buquê de rosas brancas ou vermelhas podendo misturá-las também. Como você vai levar o buquê? Todo branco? Todo vermelho? Mais vermelhas do que brancas? Mais brancas do que vermelhas?

Ao chegar lá e bater na porta, uma outra pessoa atende (alguém da casa) e diz que vai chama-lá. E pergunta se você quer esperar lá fora, ou entrar. Você espera na porta? Ou entra e vai atrás dela?

Independente de ter entrado ou não, você ficou sabendo que ela estava dormindo. Você agora tem que escolher entre deixar as rosas num vaso na mesa da sala. Ou deixa-las num vaso no quarto, do lado da cama da pessoa.

3º ) Você está em casa, ao mesmo tempo tudo acontece. O telefone toca, a campainha toca, o bebê chora, a torneira está aberta, começa a chover e você tem que tirar a roupa do varal. São 5 coisas que você tem que fazer, você fará todas e não pode fazer nenhuma delas ao mesmo tempo. A regra é simples, coloque na ordem do que você faria primeiro. Ex: Atender o telefone, cuidar do bebê, fechar a torneira, atender a campainha, recolher a roupa.




Respostas




1º ) R--> A resposta mais padrão aqui é levar o amor da sua vida. E algumas pessoas escolhem a senhora também. Não existe resposta correta como eu disse antes. Mas a "melhor" resposta que deram pra esse teste foi: Eu entregaria a chave do carro pro médico levar a senhora ao hospital e ficaria na chuva com o amor da minha vida.

2º ) R--> Se você escolheu o caminho mais longo é porque tende a demorar mais pra se apaixonar. Se escolheu o curto é porque se apaixona muito fácil e rapidamente.
Se você escolheu mais rosas vermelhas, significa que você é o tipo de pessoa que mais retira do que acrescenta num relacionamento. Se escolheu as rosas brancas o contrário, você tem mais a acrescentar.
Se ficou esperando, significa que você é do tipo que espera as oportunidades e tem pouca iniciativa. Se escolheu entrar e ir atrás é porque você é do tipo de pessoa que corre atrás daquilo que quer.
Se escolheu deixar a as flores na sala significa que você é uma pessoa mais racional no relacionamentos e não tão emotiva. Se deixou as flores no quarto, é porque você prioriza a emoção a razão num relacionamento.

3º ) R--> Simples, as respostas aqui indicam as prioridades que você considera na sua vida. Atender a campainha são as amizades, o bebê é a família, a torneira é o seu dinheiro (questões financeiras) o telefone é o seu trabalho, e a roupa são seus bens materiais. O exemplo que dei foi: Atender o telefone, cuidar do bebê, fechar a torneira, atender a campainha, recolher a roupa. Então suas prioridades seriam: 1º trabalho 2º família 3º dinheiro 4º amigos 5º seus bens materiais.

Deixe um comentário com suas respostas =D

Grande abraço,
Oito.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

De vez em quando,

1º passo encontrar uma vela e fósforo
2º passo tirar o tênis
3º passo escrever

Hoje escreverei a luz de velas. Por quê? Ora óbvio é mais bonito, mais romântico, é quase um ritual, aquelas tradições antigas saca? Mentira, tá faltando energia e eu cheguei com uma puta vontade de escrever e me recuso a deixar passar.

Mas antes de começar, uma rápida descrição sobre dirigir no pistao sul em meio a um total blecaute. É macabro, seriously, pra quem já dirigiu em estrada sabe meio como é, você não vê absolutamente nada. Eu desliguei as luzes do carro por 1 segundo e me senti completamente perdido na escuridão.

O pior é que diferente de dirigir numa estrada eu estava em Brasília, e no final do pistão o céu estava macabramente dividido em 2, a metade da esquerda vermelho empoeirado (meio faroeste, meio filme de terror) e a metade da direita estava azul-acidente-químico. Sério, esse céu totalmente claro em noite sem lua eu nunca vou entender. É muito cenário de filme de terror pra mim. Aliás é que nem o clima de Brasília eu também nunca vou entender e não importa quantas vezes eu passe por isso, nunca conseguirei achar normal. O negócio é só aceitar.

Bom, darkness a parte estou de volta em casa as 1:30m da manhã, detalhe legal era que do outro lado da rua estava tudo claro, apenas do meu lado falta energia, mas blz... ¬¬

Eu tinha que escrever hoje porque tenho 4 histórias pra contar. A 1ª começa comigo dirigindo...

Hachi - Vraam! Vruum!
Laz - Cara, você é a única pessoa que já vi brincar de carrinho enquanto dirige de verdade.
Mayan - Por favor! Não brinca de bate-bate!

E a 2ª, bom... Começa comigo dirigindo xD

Laz - Olha aquele sinal? Viu! Ficou vermelho! Ele tá rindo da gente! Eu aposto que tem uma hora que todos os sinais ficam rindo da gente. Tipo... São 5h da manhã HÁHÁHÁ babaca! Vai ter que ficar aí! Fiz você parar! Otário...

E a 3ª, simples palavras do sábio Leo: "Sério eu não insisto. Se o cara prefere ficar em Nárnia eu deixo ele lá".

E sobre essa eu nem vou discorrer que pra meio entendedor...

E pra amanhã. Ou hoje... Surpresas virão.

Ah sim, A 4ª história eu esqueci.

E assim que terminei de rabiscar meu texto a luz de velas a energia voltou.

Tô sentindo o nível das minhas postagens baixando. Inventar de escrever muito dá nisso! xD

Mas essas postagens referentes a dialógos do meu dia, geralmente fazem bem mais sentido pras pessoas que estavam lá.

Mas qualquer dia eu posto um desses textos super bonitinhos de garoto apaixonado que as garotas gostam e fica tudo bem.

Mas já tem tantos desses por aqui que já estou até enjoado. Quem nunca viu dê uma lida no arquivo do blog. Não faltam poemas românticos ou narrações de contos apaixonados. Muitas vezes eu quero escrever outras coisas. Mas acho que sou melhor nesses tipos de texto mesmo xD

Ah. Tinha uma coisa que eu queria escrever aqui também... Não lembro onde queria encaixar isso no texto... Nem sei... Bom, a frase é simples e cabe em qualquer lugar.

De vez em quando, toque o foda-se.

Pronto, era só isso. =D

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aquela descida.

Porra. Ele adorava aquela descida.
Na verdade ele adorava a cidade inteira.
Na verdade tinha um monte de cidades que ele adorava.
Mas aquela descia era especial, porque mesmo que ele gostasse de várias outras cidades, mesmo que ele passasse por várias outras descidas. Nenhuma descida era que nem aquela.
E não era pelo simples prazer de descer, que apesar de ser suficiente por si só, vinha acompanhado de um punhado de lembranças que deixavam aquela descida ainda mais muito doida. Que deixavam aquela cidade ainda mais muito doida.
Era só um segundo. Mas por um único segundo você estava no ar, você não tocava em nada, não era pular, não era cair. Era voar. Mesmo que fosse só por um segundo era voar. E apesar de nunca ter voado ele tinha a certeza que voar era daquele jeito.
E não estou falando de voar de avião, tô falando de voar de verdade.
Tô falando de se jogar no chão e errar o alvo.
Tô falando pra você que aquela descida era muito doida.
Mas você não vai entender.
Você só iria entender se estivesse lá. Se estivesse naquela descida, se estivesse naquele carro, com aquelas pessoas.
Aí você ia entender que eu estou falando da descida mais muito doida do universo.
E olha que o universo é grande.
Era uma descida muito doida fim da história. Eu não vou ficar aqui tentando descrever o que não dá pra descrever.
Você pode me descrever a vida? Você pode me descrever a morte? Não meu caro, você não pode. Porque tem coisas que você só vai entender, depois de vivê-las.
E aquela descida era uma delas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O negócio é ir escrevendo

Pois é eu queria contiuar postando mesmo sem inspiração. Disseram que eu podia o negócio é ir escrevendo que a inspiração termina por dar as caras. Aí eu amarro ela por aqui e não solto nunca mais.

E como eu gostei do joguinho que Bugu, meu querido 3 (ou dois vírgula alguma coisa) postou nas Bolhas de Sabão dela e me indicou pra continuar, vou participar.

É o "Jogo do 7" Eu quase mudei pra jogo do 8 (risos) mas vou seguir as regras (dessa vez).

7 coisas que eu tenho que fazer antes de morrer

* Aprender a todar violão.
* Terminar uma graduação.
* Fazer cosplay de um personagem forte (depois de um bom tempo de academia)
* Rever São Paulo
* Rever Bugu, 7 de ouros, 9 de copas, Bruno, Geovani, Elô, Lua, Raissa, Betissa, Tati, e um monte de gente que faz uma falta danada.
* Beijar alguém sentindo que, mesmo o mundo acabando 2 segundos depois daquilo eu seria o homem mais feliz do mundo do mesmo jeito, porque valeu a pena ter vivido.
* Pular de para quedas, bugee jump, asa delta ou qualquer coisa parecida.

7 coisas que eu mais digo

* Isso é coisa de viadinho (só lembrando que esse termo não tem nada a ver com homossexualidade, viadinho é um adjetivo que qualifica ações "se você não vira o copo, vc é viadinho" "se vc joga no easy, vc é viadinho" e assim vai, aplica-se a pessoas de ambos os sexos.)
* Nelson! Gui! Izyy! Gordinho! Laz!
* Uno!
* Truco!
* Muito doido!
* Existem jogos e existe Final Fantasy X. Existem filmes e existe Star Wars.
* Pizza!

7 coisas que eu faço bem (fudeu...)

* Escrever
* DVD's
* Cosplay
* Jogar Megaman
* Crepes
* Rir e sorrir
* Comer pizza

7 defeitos meus

* Preguiça
* Falta de ambição
* Burro
* Percepção 0
* Velocidade de processamento 0
* Só vejo as oportunidades quando elas já passaram
* Auto confiança e auto estima 0

7 coisas que eu amo

* Pizza
* Coca-cola
* Filmes
* Amizade
* Chocolate branco (sorvete de chocolate branco, pizza de chocolate branco)
* Momentos simples e curtos. Tipo um olhar, um sorriso, uma frase, uma foto, um pôr-do-sol
* Final Fantasy X

7 qualidades (tive que achar 7 coisas q eu faço bem! e agora ainda querem 7 qualidades? aí e demais...)

* Organizado
* Sei guardar segredos
* Sei reconhecer meus erros e sempre considero a possibilidade de que eu esteja errado (odeio pessoas que tem "certeza absoluta" do q estão falando)
* Calmo
* Não tenho medo de arriscar, de me jogar, de tentar, de fazer primeiro e ver no que vai dar depois.
* Persistente, não desisto fácil do que realmente quero.
* Criativo

7 pessoas pra fazer esse jogo

* Desabafos e o Cotidiano
* Universos Paralelos
* Fragmentos de Cotidiano
* Falta de Criatividade
* Instantes antes de dormir
* Uma dose de céu
* Felicidade Clandestina

Tinha alguma coisa com cores, pra preferi assim. Mais simples. E a tal da preguiça que sitei ali em cima não me permitiu colorir. Quero ver vcs brincando também viu! Não indiquei a toa! =D

Grande abraço

Oito.