Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Revolta de 30 de dezembro.

TAPÃO

Acorda zé!

-Foram oficialmente 3 meses sem postar –

Cama velha de madeira, quarto branco meio empoeirado, meio sem nada. Travesseiro no chão lençol fino meio no corpo. Olhos quase abertos, apesar do susto ainda estava em processo de acordamento. Tipo quando você foi dopado depois de fazer algum exame no hospital. É, dormir é dorgas mano.

Mas se você imaginou um tapão na cara, errou. Foi na perna de Zé, que acordou no susto. O executor da tapa do lado da cama, com cara de "Já é tarde pra cacete!” Era Pedro seu irmão. Sim, a família era bem católica e eles tinham uma irmã chamada Maria.

- Agora por quê? Só voltando ao bater do teclado que eu consigo entender o quanto realmente gosto de escrever. E qualquer desculpa como "Estava sem tempo", "Dei prioridade a outras coisas", ou "Faltava inspiração" parecem todas não plausíveis em frente ao grande argumento que é "Gostar" por que gostar pra mim é ponto final. Gosta de escrever? Escreve. Cabou, sem discussão. -

Rosas.

Rosas. Era um jardim imenso de rosas, perfeitamente normal para o sonho de uma garota. Mas como era um garoto, se contasse pra alguém com o que sonhara diriam que era gay. Mas nem era. Será que homens não podem mais nem sonhar com rosas nessa cidade? Ele pensou.
Rosas. Era o cabelo rosado dela. Quando ele viu a garota de cabelo rosado sabia que estava sonhando. Mas nem era o cabelo rosado dela que lhe chamara atenção. Na verdade ele nem sabia se era a tatuagem em seu braço ou a de seu pescoço, o vestido dela, aqueles olhos que davam pra se perder dentro por uma vida inteira, seus lábios, sua pele, era realmente difícil definir que parte dela lhe chamava atenção. Mas essa era exatamente o tipo de garoto pela qual se apaixonaria perdidamente, essa, toda bela. Mas e existem garotas todas belas? É claro que não! Não nos apaixonamos por garotas todas belas. As garotas todas belas surgem no momento em que nos apaixonamos. Não se apaixona porque é bela é bela por se estar apaixonado.

Maria era muito bonita, deu a sorte na família, diferente de Pedro e Zé que eram bem feinhos na verdade. Deu que Pedro era loiro, dos olhos escuros e Zé era moreno dos olhos claros. E Maria tinha os olhos claros e era loira, mas Maria nem tava nessa história. Ela saiu de casa foi cedo e eu só falei dela mesmo pra você se confundir.

A história é sobre Zé, Pedro só o acordou com o tapão, gritou algo em seu ouvido e foi embora pra sala. Zé até escutou, mas 10 minutos depois já tinha esquecido, é tendencioso esquecer coisas que te falam no processo de acordamento.

- Está confuso? Pois se está que bom. Pois essa era exatamente a intenção. E eu sumo por 3 meses e resolvo dar as caras com um texto confuso desses. Mas que merda de escritor. A culpa não é minha, eu não decido o que escrever, escrevo; só. As coisas vão fazer mais sentido no fim, prometo! -

E Zé acordou, bem ou mal, acordou. Com aquela disposição de todos os dias. Disposição do tipo "disposto a voltar a dormir". Lavou a cara e fez aquela careta no espelho que a maioria esmagadora dos estudantes fazem antes de ir à escola. Por alguns segundos ele esqueceu, culpa do "processo de acordamento" que te deixa drogado. Mas agora já estava lembrado. Ah... Estava tudo bem agora, porque Zé lembrou que ESTAVA DE FÉRIAS. Ele correu feito um doido e...

Rosas. Sabe quando tudo fica confuso? Exato, quando você não tem noção se está sonhando ou acordado. Por mais que fosse uma garota de cabelo rosa. Era um sonho muito parecido com esses sonho-acordado, que você tem quase certeza de que está acordado mais na verdade está sonhando. Ou o contrário. Eu fico falando rosas o tempo inteiro porque "rosas" era a grande palavra do sonho. Tinha rosas pra todos os lados. Rosas monocromáticas, nem vermelhas, nem brancas, nem azuis, amarelas ou pretas. Eram rosas...Pleonásticas.

Rosas. Caindo do céu sem parar, era sonho. Era sonho mesmo. E se era sonho ele podia ir lá falar com a garota de cabelos rosados. E como era sonho ele ainda tinha uma certa quase-certeza que ia dar tudo certo. Ele deu um passo e outro, uma corridinha chegou perto, olhou ela bem fundo nos olhos, ela sorriu e...

TAPÃO

Disparou em direção a sala, pegou sua bola e zarpou pro meio da rua com a vontade que um peixe se joga no mar, esse era Zé. Bom, Pedro estava em casa, ficou jogando videogame, sempre foram muito diferentes mesmo. Mas não demorou muito e...

GOL

O grito de Zé não saiu da boca, saiu da alma. E como um quadro pintado sua imagem imortalizou-se Zé, o grande jogador.

FIM

- Mas se fosse pra escolher, eu seria amigo de Pedro. Porque jogar videogame é muito mais emocionante. -

Bom, a explicação que devia vir no começo, eu vou deixar pro final.

A minha intenção foi escrever 3 textos distintos, e jogá-los num só.

Onde os parágrafos começam com “Rosas” é o primeiro texto, que na verdade é o sonho de Zé, ele acaba em “TAPÃO” que é quando Zé acorda e passamos pro texto dele que são todos os outros parágrafos menos os entre traços, que são um terceiro texto que é o último, ou apenas comentários meus sobre tudo.

Na ordem natural, fica assim:

Rosas.

Rosas. Era um jardim imenso de rosas, perfeitamente normal para o sonho de uma garota. Mas como era um garoto, se contasse pra alguém com o que sonhara diriam que era gay. Mas nem era. Será que homens não podem mais nem sonhar com rosas nessa cidade? Ele pensou.
Rosas. Era o cabelo rosado dela. Quando ele viu a garota de cabelo rosado sabia que estava sonhando. Mas nem era o cabelo rosado dela que lhe chamara atenção. Na verdade ele nem sabia se era a tatuagem em seu braço ou a de seu pescoço, o vestido dela, aqueles olhos que davam pra se perder dentro por uma vida inteira, seus lábios, sua pele, era realmente difícil definir que parte dela lhe chamava atenção. Mas essa era exatamente o tipo de garoto pela qual se apaixonaria perdidamente, essa, toda bela. Mas e existem garotas todas belas? É claro que não! Não nos apaixonamos por garotas todas belas. As garotas todas belas surgem no momento em que nos apaixonamos. Não se apaixona porque é bela é bela por se estar apaixonado.

Rosas. Sabe quando tudo fica confuso? Exato, quando você não tem noção se está sonhando ou acordado. Por mais que fosse uma garota de cabelo rosa. Era um sonho muito parecido com esses sonho-acordado, que você tem quase certeza de que está acordado mais na verdade está sonhando. Ou o contrário. Eu fico falando rosas o tempo inteiro porque "rosas" era a grande palavra do sonho. Tinha rosas pra todos os lados. Rosas monocromáticas, nem vermelhas, nem brancas, nem azuis, amarelas ou pretas. Eram rosas...Pleonásticas.

Rosas. Caindo do céu sem parar, era sonho. Era sonho mesmo. E se era sonho ele podia ir lá falar com a garota de cabelos rosados. E como era sonho ele ainda tinha uma certa quase-certeza que ia dar tudo certo. Ele deu um passo e outro, uma corridinha chegou perto, olhou ela bem fundo nos olhos, ela sorriu e...

TAPÃO

Acorda zé!

Cama velha de madeira, quarto branco meio empoeirado, meio sem nada. Travesseiro no chão lençol fino meio no corpo. Olhos quase abertos, apesar do susto ainda estava em processo de acordamento. Tipo quando você foi dopado depois de fazer algum exame no hospital. É, dormir é dorgas mano.

Mas se você imaginou um tapão na cara, errou. Foi na perna de Zé, que acordou no susto. O executor da tapa do lado da cama, com cara de "Já é tarde pra cacete!” Era Pedro seu irmão. Sim, a família era bem católica e eles tinham uma irmã chamada Maria.

Maria era muito bonita, deu a sorte na família, diferente de Pedro e Zé que eram bem feinhos na verdade. Deu que Pedro era loiro, dos olhos escuros e Zé era moreno dos olhos claros. E Maria tinha os olhos claros e era loira, mas Maria nem tava nessa história. Ela saiu de casa foi cedo e eu só falei dela mesmo pra você se confundir.

A história é sobre Zé, Pedro só o acordou com o tapão, gritou algo em seu ouvido e foi embora pra sala. Zé até escutou, mas 10 minutos depois já tinha esquecido, é tendencioso esquecer coisas que te falam no processo de acordamento.

E Zé acordou, bem ou mal, acordou. Com aquela disposição de todos os dias. Disposição do tipo "disposto a voltar a dormir". Lavou a cara e fez aquela careta no espelho que a maioria esmagadora dos estudantes fazem antes de ir à escola. Por alguns segundos ele esqueceu, culpa do "processo de acordamento" que te deixa drogado. Mas agora já estava lembrado. Ah... Estava tudo bem agora, porque Zé lembrou que ESTAVA DE FÉRIAS. Ele correu feito um doido e...

Disparou em direção a sala, pegou sua bola e zarpou pro meio da rua com a vontade que um peixe se joga no mar, esse era Zé. Bom, Pedro estava em casa, ficou jogando videogame, sempre foram muito diferentes mesmo. Mas não demorou muito e...

GOL

O grito de Zé não saiu da boca, saiu da alma. E como um quadro pintado sua imagem imortalizou-se Zé, o grande jogador.

FIM

- Mas se fosse pra escolher, eu seria amigo de Pedro. Porque jogar videogame é muito mais emocionante. -

-Foram oficialmente 3 meses sem postar –

- Agora por quê? Só voltando ao bater do teclado que eu consigo entender o quanto realmente gosto de escrever. E qualquer desculpa como "Estava sem tempo", "Dei prioridade a outras coisas", ou "Faltava inspiração" parecem todas não plausíveis em frente ao grande argumento que é "Gostar" por que gostar pra mim é ponto final. Gosta de escrever? Escreve. Cabou, sem discussão. -

- Está confuso? Pois se está que bom. Pois essa era exatamente a intenção. E eu sumo por 3 meses e resolvo dar as caras com um texto confuso desses. Mas que merda de escritor. A culpa não é minha, eu não decido o que escrever, escrevo; só. As coisas vão fazer mais sentido no fim, prometo! –

E promessa é divída.

Espero que tenham gostado.

Me revolto me recuso a passar 4 meses em branco.

Último post de 2010.

Grande abraço,

Oito

*Sopra a carta*