Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Primeira carta a Alita

Ela corre, perseguindo carros. Uma jasmim em seus cabelos, uma máquina fotográfica em mãos. Sempre sorrindo. Um sorriso sincero. Ela sobe as escadas da passarela, mora em cidade grande. Faltam mais ou menos dois minutos para o pôr-do-sol.

Ela senta lá no alto, sem apoio para as costas. Um leve empurrão, uma queda a metros abaixo, e ela em poucos segundos seria obrigada a desistir de todos os planos futuros que tinha na vida. Bom, na verdade... Ela não tinha lá tantos planos futuros assim.

Ela bateu fotos do pôr-do-sol, algumas bonitas, de ângulos normais. Outras de cabeça pra baixo, ou em diagonal, e algumas incluíam até as cabeças das pessoas que passavam pela passarela.

Cuspiu lá em baixo o chiclete de morango. Ela estava a pé hoje. Desceu da passarela pela rampa, a descida é sempre mais legal. Passa um vento forte, ele leva a jasmim de seus cabelos. Ela para um segundo pensando em buscá-la, mas bate uma preguiça...

É quase noite, ainda cedo, restam dois metrôs e dois ônibus hoje, ela estuda a noite. E agora não está nada empolgada pra ir à faculdade. Mas ela vai.

Ela tira outro chiclete de morango do bolso, pra boca. Caminhando a pé até a estação de metrô. Pensa em parar no meio do caminho pra comer porcaria, mas desiste da idéia.

Ela chegou.

Hipoteticamente falando claro. Ao menos nesse caso.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Recanto das letras...

Olá a todos!

Eu fiz uma página no recanto das letras, vou postar lá meus textos antigos.

Pra quem perdeu algum, agora é a oportunidade =D

Grande abraço...

Oito

http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=68113&categoria=7

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Chronos ceifa o espelho

Onde morreram nossas idéias?
Onde ficou o quê eu acreditei?
O universo tomado por você
E nosso castelo sem cartas
Mais parado do que pedra
Estou eu.

Como o curso das águas que muda
Traz o vento da renovação
Faz queimar a rocha
A queda do trovão

Chronos tudo ceifa
O futuro, o passado
E até o presente
Não se sente mais
Como sendo seu

Porque?

Porque a mudança
É própria da existência
Não é ?

Crie
Refaça
Reinvente
Renasça

É você?

Porque cair,
Até as montanhas caem.
Mas nada
Permaneçe no chão.

Reergam-se as portas
Reabram-se as cortinas
O narrador do circo
Avisa a platéia
Já é hora
Do próximo número

O espetáculo há de continuar
Sai o palhaço,
Que entre o comediante...

Porque se o mesmo homem
Não há de se banhar no mesmo rio
Foi porque Chronos
Majestoso, Impiedoso
Tem mais lembranças em sua foice
Do que qualquer um de nos
Poderá imaginar

O crepúsculo emerge belo.
Apenas jogue um pouco mais
De vermelho
Neste quadro...

E assim como a maçã
Ele simbolizará
Eternizado

Embaralhemos as cartas
É um novo jogo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Postagem clássica de 4 de janeiro

É ano novo!

Um número incontável de pessoas devem ter refeito as mesmas promessas que fizeram ano passado.

Um número contável de pessoas devem ter percebido que estão refazendo as mesmas promessas porque não conseguiram cumpri-las.

Eu, prometi que esse ano faria menos promessas...

Acho que foi o mesmo que prometi ano passado.

O mais engraçado de tudo, é a determinação pela mudança.

Penso eu, que ela é um vírus mais comum que a gripe.

E quem não levantou a cabeça e abriu a boca pra dizer que no próximo ano iria fazer diferente?

Eu penso que talvez já tenha aprendido a lição de que eu vou ser sempre eu mesmo.

Talvez algumas coisas simplesmente mudem mesmo.

E outras simplesmente não.

Simples assim.

Enfim, ao menos uma boa idéia parece ter surgido nesse fim de ano.

Vou começar uma coleção nova =D

Estranho... Esse me pareceu o fim de ano mais estranho que já tive...

A lua cheia se foi.
Aguardo o por do sol agora.
A noite é bela.
Acendams-e as velas,
Do novo.

As mesmas antigas velas,
Queiman um fogo novo.
As mesmas antigas espadas,
Carregam a vontade nova.

Celebrem o ano novo!
Sobre o céu estrelado.
Celebrem o que há de bom!
Porque o que há de mal,
Não será lembrado.

Feliz dia novo pra vocês...

Nos encontramos nas esquinas, de qualquer lugar.

Oito.