Nosso Castelo de Cartas

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Primeira carta a Alita

Ela corre, perseguindo carros. Uma jasmim em seus cabelos, uma máquina fotográfica em mãos. Sempre sorrindo. Um sorriso sincero. Ela sobe as escadas da passarela, mora em cidade grande. Faltam mais ou menos dois minutos para o pôr-do-sol.

Ela senta lá no alto, sem apoio para as costas. Um leve empurrão, uma queda a metros abaixo, e ela em poucos segundos seria obrigada a desistir de todos os planos futuros que tinha na vida. Bom, na verdade... Ela não tinha lá tantos planos futuros assim.

Ela bateu fotos do pôr-do-sol, algumas bonitas, de ângulos normais. Outras de cabeça pra baixo, ou em diagonal, e algumas incluíam até as cabeças das pessoas que passavam pela passarela.

Cuspiu lá em baixo o chiclete de morango. Ela estava a pé hoje. Desceu da passarela pela rampa, a descida é sempre mais legal. Passa um vento forte, ele leva a jasmim de seus cabelos. Ela para um segundo pensando em buscá-la, mas bate uma preguiça...

É quase noite, ainda cedo, restam dois metrôs e dois ônibus hoje, ela estuda a noite. E agora não está nada empolgada pra ir à faculdade. Mas ela vai.

Ela tira outro chiclete de morango do bolso, pra boca. Caminhando a pé até a estação de metrô. Pensa em parar no meio do caminho pra comer porcaria, mas desiste da idéia.

Ela chegou.

Hipoteticamente falando claro. Ao menos nesse caso.

2 comentários:

  1. uauahuhauhauauh


    tow esperando o hipoteticamente sonhador ahhahaha


    adorei akele :P

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