Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eu disse que voltaria.

Andando de bicicleta eu me perguntava por que eu deixei de fazer isso.

A verdade é que eu amava os velhos tempos, há... Aquela Saudade dos dias passados. Onde eles ficaram? Por que eu mudei? Por que eu já não vivo mais neles. Isso é triste?

Depende. Você trocaria o que você vive hoje para voltar a viver os tão bons dias do passado?

Não, nunca. Eu amo o que vivo hoje, e não trocaria por nada, por mais que goste do passado.

Então se arrepende do passado e o trocaria por aquilo que vive hoje?

Não, eu não trocaria meu passado por nada, por mais que eu ame muito o que vivo hoje.

Então qual é a dúvida?

Nenhuma. O segredo é gostar de viver.

O segredo é gostar do que se vive.

Ou viver do que se gosta.

Do sol a lua, do céu ao mar num só dia.

permaneça com os pés na terra e olhar nas nuvens.

O céu nunca é o mesmo, há sempre algo novo pra se ver.

Eu disse que voltaria.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A volta. Admirada Borboleta

Já é quase fim de mês.

E esse já foi quase o primeiro mês sem post algum.

Porém mesmo que minhas palavras tenham se perdido em páginas velhas de tempos atrás.

Eu me recuso a desistir.

Tempos e tempos sem folhas na mão.

Meus pensamentos se perdem em vão.

Em 3,2,1... Gire a ampulheta, revolte-se.

Em 3,2,1... Não volte ao que já foi, melhore-se.

Em 3,2,1... 0

Pare de contar números sem glórias.

Pra tocar seus corações, com belas histórias.

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Admirada borboleta.

A inspiração sempre vinha da lua. O triste, era o fato dela seguir o luar, da mesma forma que fazia o mar. Cheia de idéias por um tempo, em outras epócas, nem conseguia se fazer notada no céu.

Triste era nem ter inspiração. Mas ela tinha inspiração na medida que se apaixonava. Triste era, a inspiração seguir a paixão, da mesma forma que fazia o coração. Batendo acelerado por um tempo, mas em outras epócas, nem conseguia se fazer notado no peito.

Triste era jardim sem flores. Triste eram folhas em branco. Triste eram os dias preto e branco de Borboleta.

Borboleta era seu apelido, mas estava mais era pra lagarta. Sem graça, sem sal, sem asas, sem cores, sem brilho, quase morta.

Aquela cara de "isso é impossível" estampada em seu rosto. E aquele olhar, de "a vida já nem tem mais graça" de uma velha de 90 anos. Mas borboleta tinha apenas 16.

Porque borboleta? Ah, história comprida essa. Mas tem a ver com um garoto, um papel, uma sala, uma luz e... Uma borboleta.

Um dia borboleta andava sem graça, "like always" como ela mesmo dizia. Com a cara de sempre, o animô de sempre. Ela pisou numa carta, dessas de baralho, dessas que fazem castelos de cartas.

Sabe aqueles momentos totalmente insignificantes que mudam uma vida inteira?

Então, esse era um desses.

Ah, era uma carta de copas.

Um olhar, um susto, um som, um sorriso, uma carta de copas. Não necessariamente nessa ordem.

Borboleta era observada.

Era um...

(silêncio)

Fecham-se as cortinas.

Eis que o vento tira uma flor, pra dançar.