Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma carta a 10 de julho de 2008.

Querida Amanda, me desculpe, eu não vou voltar. Mande lembranças a Jeff, um grande abraço a Kadu.
Deixe-me contá-la. Era um simples, 10 de Julho do ano de 2008, o dia fatídico, tudo mudou, os crepúsculos e as luas cheias nunca mais foram as mesmas.
Primeiro, eu me apaixonei. Não foi a primeira vez, e você sabe disso. Mas você entende que isso por si só não muda nada. Segundo, eu a amava, ela também amava... mas era o Lucas.
Normal até agora, mas isso tudo ainda não muda nada. Era apenas mais um caso comum de triângulo amoroso, e uma história super sem graça de três adolescentes de 15 anos que mal merecia ser escrita no diário dela.
Seu nome? Marina, belo como as ondas do mar e os versos que cantaram por Mariana. E como todas as outras muitas, uma ou duas garotas que conheci na vida. Eu jurei que ela seria minha. Frase obsessiva, possessiva, e sejamos sinceros, infantil.
Hoje, já faz dez anos. E você deve estar se perguntando agora, porque eu não vou voltar. E que merda isso tem a ver com 10 de julho de 2008.
Eu mudei, sim, foi isso. E não foi hoje, não foi ontem. Foi naquele dia fatídico. E não foi você, nem eu. Foi ela, Marina. Um vestido amarelo, uma flor que eu não sei o nome na cabeça. Cabelos ao vento, câmera em “slow” eu ainda lembro dela dessa forma.
...
10 de julho de 2008.
Eu acordei, e o sol forte me dizia que aquele ia ser mais um dia do tipo “igual a todos os outros”. Por mais incrível que pareça, ele estava enganado.

Um comentário: