Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonhando acordado

Ele atende o telefone.
- Quem é?
- Você já sabe.
Ele faz cara de... “Você de novo”.
E escuta o mesmo “blá blá blá” de sempre.
É como uma caverna escura e sombria.
Onde não se vê um palmo a frente do nariz.
Chove.
É você está deitado na lama.
A água faz esforço pra fechar teus olhos.
Você os mantém abertos.
Sem saber porquê.
Mas os mantém abertos.
O som do vento, misturado com os pingos d’água caindo.
Lembra-te um solo de piano.
E te faltam até palavras, pra dizer qualquer coisa.
Numa tentativa desesperada, você pega um papel, coloca numa garrafa de vidro, e joga no mar.
O papel está em branco.
Mas ainda te resta a esperança de que alguém escreva algo nele, e jogue de volta no mar. E você o encontre.
É tipo, uma chance em 6 bilhões.
Levante-se, e continue correndo.
A chuva não vai parar.
Mas, simplesmente continue correndo.
Run Forrest, Run.
Keep running.
Chegue a qualquer lugar.
Ele acorda.
Nada é apenas um sonho
Tudo é apenas o mesmo erro.
Cometido mais umas muitas vezes.

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