Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre gostar do novo, sem deixar de gostar do antigo.

Essa é uma das claras características do antigo. Gostar dos dois lados da moeda.

Eu sempre achei estranho pessoas que gostam de branco, e por isso não gostam de preto. Por que eu não posso gostar de passar horas sentado jogando videogame e ao mesmo tempo gostar também de passar horas andando de bike, jogando basquete ou subindo montanhas ?

É proibido gostar de dormir às vezes 10h seguidas, e ao mesmo tempo gostar de dormir só 4h ou 5h pra poder aproveitar melhor o dia?

E as pessoas que não conseguem misturar doce e salgado então? Qual é o problema de comer a sobremesa primeiro e depois o almoço? Se você nunca comeu batata frita com milk shake não sabe o que está perdendo.

Eu mudei, na verdade acredito que mudamos todos os dias. Agora meu grande atual problema da mudança é: sempre que olho pra trás eu lembro que gostava muito do cara que eu era. E eu fico me perguntando porquê mudei então, e fico me perguntando se eu não deveria voltar a ser como antes.

Agora isso vira um grande problema mesmo é quando eu começo a pensar que também gosto do cara que sou, é claro, os dois caras tem um monte de defeitos e uma porrada de coisas que me esforço pra melhorar mas o saldo final nem é tão ruim assim.

Mas então qual dos dois? É simples, fico com os dois.

Eu sempre gostei dos dois lados da moeda.

Eu penso que as melhores mudanças, não são quando você muda completamente, mas sim quando mantém as características boas e muda apenas as ruims.

Eu gosto de escrever, e isso é uma das coisas que eu tenho medo de perder entre as mudanças. Então prefiro ser o cara novo, mas que ainda escreve.

Então não quero tomar partidos, não quero ter que ficar de um lado ou de outro.

Enquanto puder ter os dois, escolho os dois. Quando não der eu trabalho nisso.

E se eu disse no início do texto que esta é uma das claras características do antigo, e que gosto e faço questão dela, talvez eu nem esteja mudando tanto assim. Só crescendo um pouco.

Mas sem nunca deixar de ser criança.

Uma dose de céu aqui garçom, por favor. E uma de pena e tinta também.

Era exatamente o que eu estava precisando.

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