Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

sábado, 9 de maio de 2009

Serenata a luz da lua.

Boa noite a todos.
Estava escrevendo um texto novo, até uns quarenta segundos atrás.
Vou postá-lo aqui hoje ^^

Mas primeiro! Importante, lista de todas as cartas, novas e antigas:

Auto-intitulados: Rei de espadas, Dama de paus, Quatro de paus, Três de copas, Sete de Paus, Às de Espadas, Valete de Copas, Curinga (O Preto e Branco), o Sete de espadas e o Nove de Copas.

Oito-intitulados: Oito de copas, Dez de copas, Carta em branco, Dama de Ouro, Dama de Copas, Coringa (Colorido), e o Às de Copas

E cartas, (oito vai pro cantinho do quarto) o oito aqui fica tão triste quando vocês não postam no próprio dia :(

Eu pensei em por diretamente apenas o texto hoje, mas não. Vou escrever um pouco antes, mas só um pouquinho^^ Afinal, o assunto de hoje, é apenas o texto \o/

Ah! Eu fiz minha carta ^^

Então, lá vai o texto de hoje =D
Recém escrito, será o primeiro texto completo que vou colocar no blog.

* Sploiler * E a primeira poesia que será postada completa também já está nos meus planos para os próximos posts. Mas lembrem-se o futuro é imprevisível =D

Grande Abraço a todos.
Bons sonhos.

Serenata a luz da lua

O garoto abre a porta, é cedo, é muito cedo, mas hoje ele vai conquistar a nação. Está muito frio lá fora, ele usa uma camiseta e um short. Está muito frio mesmo.
Ele vira as costas, e olha para o céu. Parecia estar escuro, mas estava claro ao mesmo tempo. Era a lua, ela havia descido até a terra.
Não, não literalmente, mas ela estava tão grande e tão brilhante que era como se tivesse descido até a terra mesmo. Ele nunca havia visto a lua tão bela, ele nunca a havia visto tão próxima, apesar dos milhares de quilômetros que os distanciavam.
O garoto já havia até esquecido que estava com sono, à lua abriu os olhos deles num espanto, e ele já nem queria fechá-los mais.
Ele guardou a chave no cantinho, abriu o portão e saiu. Ele tentou fechar o portão em silêncio, uma vez, duas vezes, três...
Pá! Ele desistiu de fechar o portão em silêncio...
Na posição onde ele estava agora ele não conseguia ver a lua, ele andou rápido, estava ansioso. Parou no meio do caminho, estava realmente muito frio, ele admitiu isso; colocou sua mochila no chão, tirou uma blusa e a vestiu por cima da camiseta.
Ele chegou à parada de ônibus, ainda estava escuro, mas já tinha gente lá. Apesar da blusa, ainda estava frio pra caramba.
Mas a primeira coisa que ele procurou foi a lua gigante. Ele subiu até a melhor posição para vê-la. Estava frio, ele lembra, mas ele ficou admirando a lua. Foi a lua mais bonita que ele já viu.
E como escritor que ele é, ele pensou em descrever aquele momento, em um texto mais tarde. Mas ele lembrou-se que há certas coisas que por mais que você se esforce para descrevê-las da mais bela forma possível o máximo que as suas palavras podem dizer ainda passam bem longe do quão belas aquelas coisas realmente são.
E como dizer eu te amo.
Por mais bonitas que possam parecer essas palavras elas nunca poderão ser comparadas a verdadeira beleza que expressa o sentimento amor.
Então ele pensou que não adiantava tentar descrever a beleza da lua naquele instante em um texto, porque por mais que ele tentasse, e por mais belas que ficassem tais palavras. A lua a qual ele descreveria ainda seria muito feia comparada a que ele viu.
Ele olhou para o outro lado do céu, havia uma fina linha azul clara no chão, que crescia cada vez mais. O sol nascia, um novo dia estava surgindo no horizonte. Não dava pra ver o sol ainda, apenas o início do céu azul claro do sábado.
De repente aparece uma trilha dourada no céu. O garoto jurava que era um cometa... Mas foi realmente uma pena quando ele viu que era apenas um jato.
Ele não fez um pedido. Agora se arrependeu, devia ter jeito um pedido. Não importava se era um jato.
Mas ele ainda jura que viu uma trilha dourada, não uma fumaça branca. Mas ele não sabe dizer se os efeitos da luz naquele horário fizeram com que ele realmente visse a fumaça dourada. Ou se ele queria apenas muito demais mesmo ver um cometa, tanto que até pensou ter vista a fumaça dourada.
Ele voltou a olhar para a lua, e notou que ela tinha se mexido com uma velocidade impressionante. E ele teve que procurar outro lugar para vê-la. Ele conseguiu se posicionar, mas agora ele conseguia acompanhar o movimento da lua, ela descia rápido como ele nunca havia visto. Ele notou que em pouco tempo ela se esconderia atrás de uma casa grande e feia. Ele ficou revoltado com a casa que iria esconder a lua. Mas ele não desistia, ele andava, ele subia, pulava, e conseguia ver a lua inteirinha ainda.
Mas tem sempre uma hora que não dá mais. O triste, e que realmente tem sempre uma hora que não dá mais.
A lua passou pelos fios de alta tensão, mas aquelas duas linhazinhas-finas-e-sem-graça que tentaram cortá-la ao meio falharam miseravelmente, por dois motivos: o primeiro, e que elas quase sumiram e ficaram invisíveis no meio da lua, o segundo, e que a lua rapidamente deu um jeitinho, e ficou entre os dois fios.
Foi a última vez, foi a última vez, que ele a viu inteira. Ela começou a cair pra dentro da casa e sumir, ele tentou ficar na ponta dos pés, eu olhar para um lado e para o outro em busca de um lugar melhor, mas nada... Nada aconteceu.
E aos poucos ela se foi... E ele viu aquela última linha fina de prata sumir embaixo daquela casa-grande-e-feia.
Estava frio.
Abriu a mochila, colocou outra blusa por cima, tirou a calça, vestiu por cima do short. O frio diminuiu.
O menino olhou para o outro lado, na esperança de ver nascer o sol, e notou que aquela pequena linha azul clara cor-do-céu-demanhazinha havia se tornado enorme e já cobria quase todo o céu-preto-escuro-damadrugada
Mas nada do sol.
Ele ficou olhando e esperando o sol chegar.
Ele não sabe quanto tempo se passou, mas seu ônibus chegou.
Ele entrou no ônibus com a cabeça para fora, procurando o sol, mas ele não o viu.
Mas ele o viu minutos depois, dentro do ônibus, brilhando forte, muito forte, o sol das sete horas da manhã.
O garoto não conquistou a nação naquele dia.
Mas aquele dia com certeza valeu a pena.
Mas aquele dia com certeza ele vai demorar pra esquecer.
Chegando a casa ele começou a escrever o texto, sim, aquele que descrevia a lua. E só no meio do texto recordou o quanto era inútil sua tentativa, mas ele continuou a escrever mesmo assim.
Porque ele imaginou que se pudesse mostrar a todos cada segundo do que aconteceu, cada pensamento que ele teve, ele poderia escrever o que ele sentiu. E se ele pudesse escrever aquilo que sentiu, não seria o nascer do sol que ele estava descrevendo, ele estaria descrevendo o seu sentimento ao ver o nascer do sol.
Que, é claro, é muito feio comparado a beleza do nascer do sol. Mas pelo menos, pelo menos... É o mais belo que ele pensa conseguir descrever com menos medo de errar. E pelo menos, pelo menos... Ele sabe que se você conseguir entender o que ele sentiu ao ver o nascer do sol. Você vai ao menos conseguir imaginá-lo.
É o máximo, ele pensa, que pode fazer por você, que não estava lá.

Moonligth Serenade (Música)

5 comentários:

  1. reflexivo...
    "nada se compara à beleza do nascer do sol"

    não acho inútil tentar descrever algo, depende do objetivo pretendido com isso. escrever sobre sentimento nunca mostrará o que a gente realmente passa/passou, mas simplesmente como nos sentimos diante daquilo...

    devemos conversar sobre isso! ; )

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  2. Pra mim??

    triste....
    sem expectativas...
    deploravel raça humana....
    sendo beeeem otimista...
    é inutil descrever....

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  3. Dama ^^
    Quando eu falei inútil, quis dizer:
    Por mais que se tente, por mais que se esforce.
    E até por mais bela que fique a descrição,
    Nunca será bela como o pôr-do-sol.

    Ás???
    A única conclusão que eu tirei
    das palavras que tu escrevestes aí, foi:
    "Todo esforço é inútil"
    (risos)

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  4. kkkkkkkkkkkk
    jah disse que amo vcs? *-*

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  5. Hoje ainda não tinha dito não *-*
    rs

    :*

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