Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Passos que ecoaram no vazio, o som do silêncio.

Meus passos ecoam no vazio. É noite, eu escuto o som do vento. A lua cheia ilumina minha caminhada. É sexta-feira à noite, nada melhor que um bar.

A música passa pelos meus ouvidos, as pessoas passam ao meu redor, cheiros de todos os tipos, roupas de todas as formas, cabelos de cores diferentes, carros de cores diferentes, pessoas completamente diferentes.

De existências iguais.

Eu sento a mesa, o garçom chega, ele me pergunta o que vou querer, mas na verdade, ele já sabe. É sexta-feira à noite, estar aqui neste bar agora e tomar a cerveja de sempre, agora, já faz parte de quem eu sou. O garçom sai, anotou o pedido.

E eu continuo a observar aquele vai e vêm, aqueles sons diferentes, aqueles cheiros fortes, e as palavras saem das bocas, como se não tivessem importância, como se nem significado mais tivessem.

Eu escuto um barulho forte, algo quebrou. Uma buzina atrai minha atenção à pista, os carros passam, em pouco tempo surge uma sirene que passa a toda velocidade. Eu olho pra esquina, há um ponto onde as garotas ficam. Eu olho ao meu redor, um monte de pessoas que não sabem da existência do outro ao seu lado, em seus cristais intocáveis cada um cria a sua barreira de proteção e vive sozinho em seu próprio mundo.

Cada um com seus problemas. Dos meus, eu já estava quase conseguindo esquecer, afinal, uma sexta-feira em um bar, serve para se esquecer dos problemas. Eu até penso em me perguntar o porquê disso tudo, mas já desisti. Antes mesmo de tentar.

Eu já havia até me esquecido, que hoje é lua cheia.

Há um casal de namorados entrando no carro, é impossível meenganar e não admitir que estou com inveja.

O barulho forte de uma moto, ela chega ao bar.

O garçom traz a minha cerveja, ele põe no copo, começo a beber.

Qual é o valor da vida? Da felicidade?

Parece-me caro, tudo me parece tão complicado.

Um carro vermelho para, desce uma mulher: nem tão bonita, nem tão feia. Parece vir do trabalho.

Passa um vento forte, os cabelos dela voam, as folhas da árvore que estava perto da minha mesa voam, e caem sobre ela.

Eu já nem sei mas como contar as horas direito, mas me parece que já tem um bom tempo que estou aqui.

Eu devo voltar para casa? Devo ir a outro lugar? Para onde eu quero ir agora?

Tanto faz... Então, onde eu estou, está bom.

Você gosta de viver? Eu me pergunto.

A resposta sincera é: nem mais, nem menos que todos os outros que vi hoje.

Eu escuto um trovão, talvez chova.

Talvez eu me apaixone... Talvez morra! Eu já nem consigo mais traduzir meus pensamentos em palavras. Os tempos não estão difíceis, somos nós que estamos muito fáceis.

Eu me levanto.

Um comentário:

  1. Confuse and DArk!


    Need to say that i like it??

    dont think so

    =D

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