Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

domingo, 16 de agosto de 2009

Máscaras

Caem as máscaras
De sorrisos infames
Infantis

Espatifam-se no chão
Todos os sentimentos
Comprados

E apesar de todos os sorrisos que vi
Eu podia sentir
O cair
Das lágrimas de sangue
De todos aqueles mortos
Sedentos por felicidade

Eles pensam que podem forçar sentimentos
Eles juram que conseguem forjar sentimentos
Eles apenas brincam de sorrir

Caem as máscaras
De sorrisos infames
Infantis

Eu observo a noite ao meu redor
E me pergunto por que estou ali
E me pergunto se eu posso sentir
E me pergunto por que eu não consigo
Nem ao menos tentar
Forjar
Nem ao menos tentar
Forçar
Rasgar
Arrancar para fora

Eles pensam a segurar em suas mãos
Mas o quão errados,
Eles estão

No fim
A tristeza me vem ao coração
Eu sinto pena
Decepção
De todas aquelas sombras que vejo
De todas aquelas máscaras que encontro

Máscaras de felicidade
Tão bem forjadas
Que até seus atores,
Muitas vezes
Esquecem
Que são apenas
Máscaras

E o pior de tudo
É saber que atrás de todas aquelas máscaras
Há um belo rosto

O pior de tudo
É olhar-se em teu próprio espelho
E já nem saber mais
Se é teu rosto
Ou se são máscaras

Caem as máscaras
De sorrisos infames
Infantis

Espatifam-se no chão
Todos os sentimentos
Comprados

Permanecem ao coração
Todos os sentimentos
Vivenciados

Você pode ter em sua mão
Todos aqueles momentos
Espatifados?

Você pode sentir em teus braços
Todos os sorrisos
Não dados?

Você pode me dizer
Quem é aquele
Diante do espelho

Você pode me dizer
Que máscara ele está usando?

Caem as máscaras
De sorrisos infames
Infantis

Caem as dores
Tristes, incolores

Cabe a felicidade...
Em nossas mãos?

Cabe um sorriso
Verdadeiro
Em teu coração?

Talvez sim,
Talvez não.

O pior de tudo
É olhar-se em teu próprio espelho
E já nem saber mais
Se é teu rosto
Ou se são máscaras

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