Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

segunda-feira, 15 de março de 2010

Às vezes, é preciso ser imortal.

Eu morri.
Foi tipo um assassinato... Bem vagaroso bem doloroso.
Eu morri.
Mas não foi a primeira vez...
Isso é tudo que você tem?
Então, pode me matar mais umas duas vezes essa semana.
E eu vou simplesmente levantar de novo.

Ele levanta.
Sangue nas mãos, sua blusa branca complemente manchada. Ele arranca a faca do peito, joga no chão. O sangue jorra.
Então ele dá as costas, e parte. Passos firmes, lágrimas nos olhos.
Mão fechada.
Ele começa a correr, às vezes é preciso correr.
As vezes é preciso dar as costas.
Nem doeu tanto assim doeu? Foi só mais uma queda.
E o que é uma queda pra quem já caiu tantas vezes?
E o que é uma morte?
Havia uma rosa no meio do caminho.
Será que era apenas mais uma rosa comum?
Eu não sei, mas eu estou deixando minhas dúvidas, para trás.

Levante-se.
Não precisa correr mais, você já está longe.
Olhe o horizonte, só existe uma estrada: pra frente...
Já da pra sentir cicatrizando.

Às vezes, é preciso ser imortal.
Mesmo que você não seja.
Ás vezes simplesmente é preciso ser.

É... Você tem que deixar o seu passado para trás.
Olha aqui, coisas ruins acontecem, e ninguém pode fazer nada pra evitar, certo?
Certo...
Errado!
Quando o mundo vira às costas pra você... Você vira as costas para o mundo!
Mas... Não foi isso que me ensinaram.

Então talvez precise de uma nova lição.

3 comentários:

  1. Parte desse diálogo não e da minha autoria...

    Mas não vou comentar o autor. Vou deixar pros fãs reconhecerem...

    Grande abraço a todos.

    Sempre aqui,

    8.

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  2. Muito lindo.
    "Eu morri.
    Mas não foi a primeira vez..."

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