Nosso Castelo de Cartas

Nosso Castelo de Cartas

sexta-feira, 7 de março de 2014

Não são as coisas, é como você encara as coisas.

A história é curta, mas a lição é grande.
Lá estava um senhor caminhando tranquilamente pela rua, quando é abordado por uma mulher bem pobre, mal vestida, provavelmente sem teto.
A mulher tem todo um discurso previamente preparado.
- Senhor, eu não queria incomodar, mas eu realmente estou precisando de ajuda. Eu tenho três filhos pra sustentar e um deles está muito doente, eu preciso comprar os remédios mas eu não tenho nenhum dinheiro. Meu filho está passando mal e eu não consigo fazer nada. O melhor que posso fazer é pedir ajuda na rua, eu preciso de dinheiro pra comprar os remédios.
O homem ponderou por alguns segundos, e resolveu ajudar a mulher.
Trabalhador, classe-média ele não tinha muito dinheiro. Mas mesmo assim tirou cinquenta reais do bolso e disse:
- Aqui, para ajudar a comprar os remédios do seu filho.
A mulher agradeceu e foi embora.
Mal o senhor andou alguns metros e encontrou outra pessoa passando por ali, que puxou papo com ele.
- Você deu algum dinheiro para aquela mulher? Não acredito! Você jogou seu dinheiro fora! Aquela mulher é a maior golpista! Você perdeu seu dinheiro! Ela não tem filhos, não tem nenhuma criança doente. Ela vai gastar tudo em drogas.
Eis que a vida te dá um fato, um acontecimento. Isso foi o que te ocorreu, e não pode ser mudado. Muitas vezes não temos controle sobre o que a vida nos dá.
E qual seria a sua reação? Xingar a mulher? Correr pra tentar pegar seu dinheiro de volta? Passar o dia inteiro chateado porque perdeu cinquenta reais?
Às vezes não temos controle sobre as coisas que acontecem com a gente. Mas como encarar a situação é uma escolha sua.
É como sair e estar chovendo. Você não pode fazer parar de chover.  Mas não são as coisas, é como você encara as coisas.
Você pode pensar: meu dia está acabado! Vou ficar todo molhado!
Ou pode pensar: Que bom que choveu, o dia estava quente mesmo. Me molhar um pouco não vai fazer mal.
Mas fica a pergunta. E qual foi a reação do senhor?
Ele perguntou:
- Então quer dizer que não tem nenhuma criança doente?
- Não!
- Que bom.
E sorriu.

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