Eu achava sinceramente que os anos e a maturidade fossem esclarecer as
questões de sentimento. Achava que, até os dezoito anos de idade, não
existia amor verdadeiro. Apenas com o passar do tempo que viria uma luz e
me diria o que realmente é sentir algo por alguém e que a pouca idade
não me dava credibilidade suficiente para entender os relacionamentos.
Estava errada, ah, como estava. A inocência da juventude é justamente o
que torna a paixão intensa e verdadeira como nunca viria a acontecer
em outra fase da vida. Esbofeteada pela realidade, o que sobram são
alguns poucos cacos de um vidro frágil. É possível fazer um remendo
aqui e outro ali, mas a peça nunca estará inteira, pois sempre
existirão as marcas e as fendas deixadas pela cola que, sem sucesso,
finge, em sua transparência, deixar como novo um copo no qual não se
pode mais beber: ele vaza. Vaza água, vaza vinho, cachaça e o pouco que
resta do que tem lá dentro.
Créditos para:
http://www.felicidadeclandestina.com/blog/2012/01/lembranca-perdida/
O texto não é meu.
Mas nunca me senti tão bem representado por palavras. Tinha que compartilhar.
Um abraço, bons sonhos.
Oito.
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