Era de manhã, ele saiu atrás de flores.
Caminhando pela rua parava pra cheirar cada uma delas.
Buscava o cheiro dela em tudo mas não conseguia encontrar.
Depois de acordado o cheiro dela tinha saído da roupa dele e agora só restava a lembrança.
Ele queria escrever algo pra ela, tipo...Tipo...
Ele não sabia o que escrever.
Era como se qualquer palavra que saíse de sua boca, que fosse escrita pelas sua mãos fossem tentativas falhas porque nada que ele disesse conseguiria descrever a beleza dela.
Não importante o que fosse dito, a sensação de tê-la em seus braços não era algo que ele conseguisse descrever. Talvez daqui a alguns anos, quando fosse um escritor de verdade seria possível.
Mas hoje não, hoje não havia o que dizer.
E já que o cheiro dela tinha partido de suas roupas, ele ia ter de se contentar com a imagem dela em suas memórias.
Mentira, havia o que dizer sim.
Só lhe faltavam palavras no último dia de maio.
E ele não conseguia mais passar tanto tempo sem escrever.
Nenhum comentário:
Postar um comentário